Programa Nordeste para transplante cardiaco "NE-Tx": experiência atual

Os autores relatam a presente experiência clínica do programa NE-Tx, que é integrado por quatro diferentes Centros, bem como suas peculiaridades regionais. Foi idealizado um programa com baixo custo e integração regional. Na investigação pré-operatória, foi valorizado o nível social e intelectual do...

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Published inRevista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 7; no. 3; pp. 165 - 173
Main Authors Lima, Ricardo, Escobar, Mozart, Alecrim, Roberto, Alves, Izabel, Lins, Teresa, Arraes, Nadja, Victor, Edgar, Wanderley Neto, José, Torres, Luiz Daniel F, Elias, Décio O, Wiszomirsky, Antonio De Biase, Mendonça, José Teles de, Carvalho, Marcos R, Costa, Rika K. da, Lira, Vital, Lagreca, Ricardo
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01.09.1992
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Summary:Os autores relatam a presente experiência clínica do programa NE-Tx, que é integrado por quatro diferentes Centros, bem como suas peculiaridades regionais. Foi idealizado um programa com baixo custo e integração regional. Na investigação pré-operatória, foi valorizado o nível social e intelectual do receptor e sua relação com os familiares. A busca de órgão à distância foi suprimida, com o deslocamento do receptor até o local da disponibilidade do órgáo. No pós-operatório não se utilizou dosagem sérica de ciclosporina, tendo os pacientes sido controlados com monitorização seriada da função renal. Com essa estratégia, foram operados 7 pacientes, no período compreendido entre 19.7.86 e 1.11.91., em três diferentes Centros Integrados. Todos eram do sexo masculino e a idade variou de 17 a 50 anos. Três (42,8%) pacientes eram portadores de miocardiopatiachagásica, 2 (28,5%) de miocardiopatiaidiopática, 1 (14,3%) de miocardiopatia hipertrófica e 1 (14,3%) de miocardiopatia reumática. Três (42,8%) pacientes vieram de Centros diferentes: 1 de Natal para Recife, 1 de Maceió para Aracaju e um terceiro de Aracaju para Maceió. Dois (28,6%) pacientes faleceram: um no período de pós-operatório imediato, de maneira ignorada e outro no pós-operatório tardio, devido a crise de rejeição. A mortalidade imediata foi de 14,3% e a tardia de 14,3%. Os restantes 5 (71,4%) pacientes encontram-se evoluindo bem, tendo o follow-up variado de 2 a 48 meses. A incidência de infecção, rejeição e demais problemas relacionados com o pós-operatório tardio é superponível com outros Centros. O programa mostrou-se eficiente, prático, compatível com nossa realidade e reproduz resultados de outras experiências.
ISSN:1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76381992000300002