Hiperamonemia secundária ao uso terapêutico de ácido valpróico: relato de caso

O ácido valpróico tem sido amplamente utilizado no tratamento da epilepsia, sendo usualmente bem tolerado, não obstante alguns efeitos colaterais que lhe são atribuídos. Um efeito ainda pouco conhecido é a hiperamonemia, independente da hepatotoxicidade da droga. A hiperamonemia se estabelece no iní...

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Published inArquivos de neuro-psiquiatria Vol. 63; no. 2a; pp. 364 - 366
Main Authors Turcato, Marlene de Fátima, Fernandes, Regina Maria França, Wichert-Ana, Lauro, Funayama, Carolina Araújo Rodrigues
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Academia Brasileira de Neurologia - ABNEURO 01.06.2005
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Summary:O ácido valpróico tem sido amplamente utilizado no tratamento da epilepsia, sendo usualmente bem tolerado, não obstante alguns efeitos colaterais que lhe são atribuídos. Um efeito ainda pouco conhecido é a hiperamonemia, independente da hepatotoxicidade da droga. A hiperamonemia se estabelece no início ou no decurso do tratamento, sendo caracterizada por vômitos, alteração progressiva da consciência, sinais neurológicos focais e aumento na freqüência das crises epilépticas. Descrevemos o caso de menino de seis anos de idade que desenvolveu hiperamonemia pelo uso terapêutico de ácido valpróico. Os exames descartaram aminoacidopatias, acidemias orgânicas e distúrbios do ciclo da uréia, sendo a hipótese de efeito secundário reiterada pela normalização da concentração sangüínea de amônia, após a retirada do medicamento. Os mecanismos da hiperamonemia são discutidos, concluindo-se que o monitoramento da amônia é importante nos pacientes que utilizam o ácido valpróico.
ISSN:1678-4227
DOI:10.1590/S0004-282X2005000200034