Violência e representação social na adolescência no Brasil

OBJETIVO: Investigar a associação entre a representação que os adolescentes têm de si e a violência física severa, psicológica e sexual que sofrem de pessoas que lhes são importantes, sobretudo os pais; e analisar a associação entre a vitimização na família e em outros espaços sociais. MÉTODO: Inqué...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inRevista panamericana de salud pública Vol. 16; no. 1; pp. 43 - 51
Main Authors Assis, Simone G., Avanci, Joviana Q., Santos, Nilton C., Malaquias, Juaci V., Oliveira, Raquel V. C.
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Organización Panamericana de la Salud 01.07.2004
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:OBJETIVO: Investigar a associação entre a representação que os adolescentes têm de si e a violência física severa, psicológica e sexual que sofrem de pessoas que lhes são importantes, sobretudo os pais; e analisar a associação entre a vitimização na família e em outros espaços sociais. MÉTODO: Inquérito epidemiológico com 1 685 estudantes selecionados aleatoriamente nas escolas públicas e particulares do Município de São Gonçalo (RJ), Brasil, em 2002. Para aferir cada uma das formas de violência foram usadas escalas de avaliação de táticas para lidar com conflito, de abuso e trauma infantil e de violência psicológica. RESULTADOS: Constatou-se que 14,6% dos estudantes sofriam violência física severa de pai ou mãe; 11,8% testemunharam ou vivenciaram violência sexual na família; 48,0% relataram sofrer violência psicológica de pessoas significativas. Os adolescentes que sofrem essas formas de violência são mais freqüentemente vítimas de violência na comunidade e na escola, relatando-se também mais transgressores da lei. Em geral, possuem uma representação positiva de si próprios, embora mencionem atributos negativos com maior freqüência. CONCLUSÃO: A representação social predominantemente positiva entre jovens necessita ser estimulada nas atividades de promoção à saúde. A constatação de que os índices de violência estão associados às várias esferas de atuação dos adolescentes indica que a resolução do problema depende de estratégias que englobem todas essas esferas.
ISSN:1680-5348
DOI:10.1590/S1020-49892004000700006