Estratégias de Mediação do Sofrimento Laboral e Saúde Mental de Venezuelanos no Brasil

Pretendeu-se analisar estrategias de mediação (defesa e enfrentamento) de venezuelanos para lidar com vivencias de sofrimento laboral, refletindo sobre impactos na saúde mental deles. É uma pesquisa qualitativa, transversal e exploratória com 16 migrantes venezuelanos domiciliados no Sul do país. Ut...

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Published inLaboreal (Porto) Vol. 19; no. 2; pp. 1 - 16
Main Authors Gregoviski, Vanessa Ruffatto, Monteiro, Janine Kieling
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Porto Universidade do Porto - Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação Revista Laboreal 01.12.2023
Universidade do Porto – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação
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Summary:Pretendeu-se analisar estrategias de mediação (defesa e enfrentamento) de venezuelanos para lidar com vivencias de sofrimento laboral, refletindo sobre impactos na saúde mental deles. É uma pesquisa qualitativa, transversal e exploratória com 16 migrantes venezuelanos domiciliados no Sul do país. Utilizaram-se um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada, com dados interpretados pela Análise de Conteúdo. As estrategias de defesa foram: negação, controle, isolamento e racionalização. Àquelas de enfrentamento foram: apoio no trabalho, aprendizagem e desligamento da empresa. A saúde mental no trabalho esteve ligada a sentimentos de pertencimento, valorização e crescimento, dialogando com o sentido do trabalho, enquanto o sofrimento patológico surgiu principalmente em mulheres desempregadas, com sintomatologia depressiva e pensamentos suicidas. Percebe-se que o trabalho é central a eles, suas identidades e subjetividades. A COVID-19 potencializou vulnerabilidades, especialmente naqueles desempregados. Evidenciou-se pontos cruciais que necessitam de maior atenção, provendo pistas que podem subsidiar práticas clínicas e políticas públicas.
ISSN:1646-5237
1646-5237
DOI:10.4000/laboreal.21481