Cartografia das condições de trabalho de homens quilombolas e as intersecções para a informalidade e a saúde mental/Mapping the working conditions of quilombola men and intersections between informality and mental health/CartografÃas de las condiciones de trabajo de hombres quilombolas y las intersecciones para la informalidad y la salud mental
O estudo mapeou as condições de trabalho de homens quilombolas residentes no norte do estado de Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se o método cartográfico proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Os dados foram produzidos em 23 comunidades, por meio de entrevistas individuais, observação de...
Saved in:
Published in | Interface (Botucatu, Brazil) Vol. 25; p. 1 |
---|---|
Main Authors | , , , |
Format | Journal Article |
Language | Portuguese |
Published |
Fundacao UNI
01.01.2021
|
Subjects | |
Online Access | Get full text |
Cover
Loading…
Summary: | O estudo mapeou as condições de trabalho de homens quilombolas residentes no norte do estado de Minas Gerais, Brasil. Utilizou-se o método cartográfico proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari. Os dados foram produzidos em 23 comunidades, por meio de entrevistas individuais, observação de campo e registro das afetações em um diário. A análise de discurso possibilitou a construção de três categorias temáticas e a elaboração de um fluxograma descritor das linhas de força do trabalho. A intersecção de raça/etnia, gênero, região, classe e escolaridade colabora para a precariedade e informalidade ocupacional. No trabalho, as linhas flexÃveis permitem vivências de prazer e as linhas duras, o desenvolvimento de adoecimento mental. Nesse sentido, as polÃticas públicas focadas nos quilombolas necessitam de articulação e fortalecimento pelo Estado, além do esforço para a participação de todos os atores envolvidos, principalmente os homens quilombolas. Palavras-chave: Grupo com ancestrais do continente africano. Marcadores sociais. Trabalho. Iniquidades. Saúde mental. This study mapped the working conditions of Quilombola men living in the north of the State of Minas Gerais, Brazil using the cartographic method proposed by Gilles Deleuze and Félix Guattari. The data were produced in 23 communities using individual interviews, field observations and documentation of affectations in a diary. Discourse analysis enabled the construction of three thematic categories and a flow diagram depicting the lines of work force. The intersection between race/ethnicity, gender, region, class, and level of education contributes to employment precariousness and informality. With regard to work, the flexible lines allow experiences of pleasure and the hard lines lead to the development of mental illness. Policies directed at Quilombolas therefore need to be articulated and strengthened by the government and efforts are needed to promote the participation of all actors involved, especially Quilombola men. Keywords: African continental ancestry group. Social markers. Work. Iniquities. Mental health. El estudio mapeó las condiciones de trabajo de hombres quilombolas residentes en el norte del Estado de Minas Gerais, Brasil. Se utilizó el método cartográfico propuesto por Gilles Deleuze y Félix Guattari. Los datos se obtuvieron en 23 comunidades, por medio de entrevistas individuales, observación de campo y registro de las afectaciones en un diario. El Análisis de Discurso posibilitó la construcción de tres categorÃas temáticas y la elaboración de un diagrama de flujo descriptor de las lÃneas de fuerza del trabajo. La intersección de raza/etnia, género, región, clase y escolaridad colabora para la precariedad e informalidad ocupacional. En el trabajo, las lÃneas flexibles permiten vivencias de placer y las lÃneas duras el desarrollo de la enfermedad mental. En ese sentido, las polÃticas públicas enfocadas en los quilombolas necesitan articulación y fortalecimiento por parte del estado, además del esfuerzo para la participación de todos los actores envueltos, principalmente los hombres quilombolas. Palabras clave: Grupo con ancestrales del continente africano. Marcadores sociales. Trabajo. Iniquidades. Salud mental. |
---|---|
ISSN: | 1414-3283 |
DOI: | 10.1590/interface.200478 |