Variação no número de glândulas e produção de óleo em flores de Stigmaphyllon paralias A. Juss. (Malpighiaceae)

Foi estudada uma população de Stigmaphyllon paralias (Malpighiaceae) em Feira de Santana, Bahia, Brasil, visando analisar a variação do número de glândulas e sua produção de óleo nas flores. Dos indivíduos analisados, 76% não variaram o número de glândulas entre suas flores, ocorrendo 41% de indivíd...

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Published inActa botânica brasilica Vol. 19; no. 2
Main Authors Carvalho, Paula Dib de(Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Biológicas), Borba, Eduardo Leite(Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Biológicas), Lucchese, Angélica Maria(Universidade Estadual de Feira de Santana Departamento de Ciências Exatas)
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Botânica do Brasil 01.06.2005
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Summary:Foi estudada uma população de Stigmaphyllon paralias (Malpighiaceae) em Feira de Santana, Bahia, Brasil, visando analisar a variação do número de glândulas e sua produção de óleo nas flores. Dos indivíduos analisados, 76% não variaram o número de glândulas entre suas flores, ocorrendo 41% de indivíduos com flores que possuem 10 glândulas, 31% com oito glândulas e 4% com nove glândulas. Nas flores dos morfos que apresentam oito e nove glândulas, as glândulas ausentes são sempre as da sépala inferior. Centris leprieuri e Epicharis sp. (Apidae: Centridini) foram as únicas espécies que visitaram S. paralias, coletando óleo como recompensa. A sépala inferior localiza-se sob o abdome do polinizador quando pousado na flor, tornando-se inacessível à coleta de óleo. Sugerimos que a incapacidade de utilização de algumas glândulas pelos polinizadores possa ter possibilitado o aparecimento de morfos nas populações que não apresentam estas glândulas como caráter adaptativo por gerar economia de recursos na produção de recompensa não utilizada pelo polinizador. Todas as glândulas de todos os morfos são funcionais. As flores dos dois morfos principais com oito e 10 glândulas, produzem a mesma quantidade total de óleo. As glândulas das flores com oito glândulas aumentam a produção em cerca de 20%, compensando a produção total de óleo por flor. A population of Stigmaphyllon paralias (Malpighiaceae) was studied in Feira de Santana, Bahia, Brazil. Variation of the number of oil glands and oil production in the flowers were analized. 76% of the individuals did not present variation on the number of glands among their flowers, 41% presented flowers with 10 glands, 31% with eight glands and 4% with nine glands. In the flowers of the morphs with eight or nine glands, the absent glands were always associated to the inferior sepal. Only Centris leprieuri and Epicharis sp. (Apidae: Centridini) visited flowers of S. paralias, collecting oil as rewarding. The inferior sepal is located under the pollinator abdomen when it is standing in the flower, therefore being inaccessible for oil collection. We suggest that the occurrence of glands not utilized by pollinators has allowed the appearance of morphs in the populations that do not present those glands. All glands of all flower morphs are functional. Flowers of the two more representative morphs, bearing eight and 10 glands, produce the same amount of oil. Glands of flowers with lower number of glands (eight) increase nearly 20% plus oil production, compensating oil production per flower.
Bibliography:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062005000200002&lng=en&nrm=iso&tlng=en
ISSN:0102-3306
DOI:10.1590/S0102-33062005000200002