Determinação das condições climáticas que favorecem o desenvolvimento da ferrugem e da mancha angular do feijoeiro

Este trabalho objetivou estudar o efeito da temperatura e do molhamento foliar no desenvolvimento da ferrugem e da mancha angular do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). Foram conduzidos ensaios em condições de campo durante os plantios das águas (outubro a dezembro), de inverno (maio a agosto) e da seca...

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Published inFitopatologia brasileira Vol. 28; no. 5; pp. 508 - 514
Main Authors Coelho, Reginaldo R.(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia), Vale, Francisco X. R. do(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia), Jesus Junior, Waldir C. de(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia), Paul, Pierce A.(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia), Zambolim, Laércio(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia), Barreto, Robert W.(Universidade Federal de Viçosa Departamento de Fitopatologia)
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Sociedade Brasileira de Fitopatologia 01.10.2003
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Summary:Este trabalho objetivou estudar o efeito da temperatura e do molhamento foliar no desenvolvimento da ferrugem e da mancha angular do feijoeiro (Phaseolus vulgaris). Foram conduzidos ensaios em condições de campo durante os plantios das águas (outubro a dezembro), de inverno (maio a agosto) e da seca (fevereiro a maio). Os ensaios foram instalados em blocos casualizados com três repetições e dois tratamentos. Os tratamentos consistiram de: 1) inoculação com Uromyces appendiculatus e 2) inoculação com Phaeoisariopsis griseola. No inverno, a ferrugem ocorreu com maior intensidade, atingindo um valor máximo de severidade (Ymax) igual a 1,3 e as maiores taxas de crescimento (0,09, 0,04 e 0,07 aos 34, 55 e 62 dias, respectivamente), devido à predominância, nessa época, de temperaturas inferiores a 21,1 °C, e de maior número de horas diárias com temperaturas menores ou iguais a 16 °C, quando ocorreu molhamento foliar. Nos plantios das águas e da seca, a mancha angular ocorreu com maior intensidade, atingindo Ymax iguais a 2,6 e 3,5, respectivamente e as maiores taxas de crescimento (0,06, 0,02 e 0,15 aos 46, 60 e 67 dias, respectivamente, no plantio das águas, e 0,13 e 0,38 aos 51 e 58 dias, respectivamente, no plantio da seca), devido à predominância, nessa época, de temperaturas superiores a 21,1 °C, quando ocorreu molhamento foliar e não ocorrência de temperaturas menores ou iguais a 16 °C. Com esse estudo pôde-se caracterizar, em função das condições climáticas, o plantio de inverno como favorável à ocorrência da ferrugem e os plantios da água e da seca como favorável à ocorrência da mancha angular. This study was carried out to determine the effect of temperature and foliage wetness on the development of rust and angular leaf spot on common bean (Phaseolus vulgaris). Three field experiments were performed during three different growing seasons: from October to December 1998 (spring); May to August 1999 (winter) and from February to May (autumn). All trials were set in completely randomized block designs with three replicates and two treatments. The treatments were: 1) Inoculation with Uromyces appendiculatus and 2) Inoculation with Phaeoisariopsis griseola. the weather conditions prevalent in each of the seasons determined the maximum disease levels of each disease. Temperatures around 16 °C that prevailed during the winter favored foliage wetness and was beneficial for rust occurrence leading to higher values of maximum rust severity (Ymax=1.3) and growth rates (0.09, 0.04 and 0.07 on 34, 55 and 62 days, respectively). During spring and autumn conditions angular leaf spot was more intense and the values of maximum rust severity were equal to 2.6 and 3.5, respectively. Spring growth rates were 0.06, 0.02 and 0.15 on 46, 60 and 67 days, respectively, while autumn conditions led to growth rates of 0.13 and 0.38 on 51 and 58 days, respectively. Based on these results it can be concluded that winter conditions were more favorable for rust epidemics, while spring and autumn conditions were more favorable for angular leaf spot epidemics.
Bibliography:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-41582003000500007
10.1590/S0100-41582003000500007
ISSN:0100-4158
1678-4677
1678-4677
DOI:10.1590/S0100-41582003000500007