O CONTATO DO ACADÊMICO COM A HEMATOLOGIA: UMA ANÁLISE QUANTITATIVA

As ligas acadêmicas são entidades estudantis que proporcionam o contato direto do aluno com um nicho de estudo dentro de uma área acadêmica, por meio do tripé: extensão, pesquisa e ensino. Este, permite desenvolvimento de um aprendizado reflexivo e criativo para a consolidação do conhecimento apreen...

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Published inHematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 44; pp. S611 - S612
Main Authors Almeida, WM, Gutierres, GP, Ribeiro, JVOL, Rodrigues, MZ, Lucena, MM, Croitor, FBJ, Santos, WO, Gomes, JPO, Oliveira, MPP, Costa, PMM
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.10.2022
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Summary:As ligas acadêmicas são entidades estudantis que proporcionam o contato direto do aluno com um nicho de estudo dentro de uma área acadêmica, por meio do tripé: extensão, pesquisa e ensino. Este, permite desenvolvimento de um aprendizado reflexivo e criativo para a consolidação do conhecimento apreendido nas salas de aula (Azevedo et al., 2018). Além disso, por meio delas pode ser obtido conhecimento para além do currículo do curso e aprofundamento dentro de uma área específica. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a inserção da Hematologia dentro do currículo obrigatório das faculdades de medicina e o contato com a especialidade. Foi realizada uma pesquisa quantitativa, através da aplicação de questionários online. A população alvo era os ligantes das ligas acadêmicas de hematologia do Brasil. No ano de 2020 foram abordados 558 ligantes, a taxa de resposta foi de 61,4%. Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da instituição proponente sob o CAAE 24510719.2.0000.0029. Em relação a existência da hematologia como disciplina obrigatória no currículo, 83,9% dos estudantes indicaram que a possuem no currículo do seu curso, enquanto 16,1% relataram que não. Sobre o contato com pacientes e sua frequência, 50,2% apontaram que não tiveram nenhum contato com o paciente, 20,9% apenas uma vez no semestre. Acerca da participação dos estudantes no Congresso HEMO, apenas 15,5% informaram ter participado, enquanto 84,5% não puderam atender ao evento. Já em relação a outros congressos de hematologia, observa-se que 4,1% participaram presencialmente, em comparação à 95,9% que não compareceram em nenhum outro congresso. A grande presença da matéria de hematologia no currículo de forma obrigatória representa sua importância para a formação do acadêmico, promovendo um maior acesso e repercutindo a importância que seu conteúdo apresenta para diversas áreas que se convergem (NUTO et al., 2020). Por outro lado, ainda que seja de grande relevância para os estudantes, de forma a ampliar a perspectiva e fomentar uma atuação de maneira mais competente, o contato com paciente ainda é pouco executado pelos estudantes. Além disso, os resultados sobre a participação dos estudantes em congressos mostraram-se baixos, ainda que tenha sido notória a maior participação no congresso HEMO do que nos demais. Nesse contexto, pode-se considerar que o HEMO é um dos congressos de hematologia mais acessíveis para estudantes e uma das principais formas de ampliação de conhecimento da área. Ainda que poucos pudessem atender a esses eventos, estes são fundamentais para a troca de conhecimentos e espaços para discussão de novas possibilidades e interpretações (LACERDA et al. 2008). Sendo dessa forma, cruciais tanto para a formação do estudante, quanto para atualização de profissionais ativos. Em virtude dos dados apresentados, fica evidente a necessidade em ampliar as atividades práticas da disciplina Hematologia no curso de medicina no Brasil, tendo em vista a importância da formação de médicos com o conhecimento básico na área e no benefício para os seus futuros pacientes. Além disso, expandir a oportunidade em ter contato direto com os pacientes mais vezes durante o semestre, atividade que também pode ser desenvolvida pelas Ligas Acadêmicas quando bem orientadas e assistidas.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2022.09.1050