ANÁLISE DOS REGISTROS DA COMUNICAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS DE PROCESSOS INFECCIOSOS DO HEMONÚCLEO REGIONAL DE ARARAQUARA
No item 5, do parágrafo 4, do artigo 76, da Seção III, Da Coleta de Sangue do Doador, da Portaria da Consolidação n°5, consta que os doadores serão instruídos para que comuniquem o serviço de hemoterapia caso apresentem qualquer sinal e sintoma de processos infecciosos, como febre ou diarreia, ou qu...
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Published in | Hematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 44; pp. S377 - S378 |
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Main Authors | , , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
Elsevier España, S.L.U
01.10.2022
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Summary: | No item 5, do parágrafo 4, do artigo 76, da Seção III, Da Coleta de Sangue do Doador, da Portaria da Consolidação n°5, consta que os doadores serão instruídos para que comuniquem o serviço de hemoterapia caso apresentem qualquer sinal e sintoma de processos infecciosos, como febre ou diarreia, ou que tenham tido o diagnóstico de alguma doença infectocontagiosa até 7 dias após a doação. Na Nota Técnica n°5/2020-CGSH/DAET/SAES/MS de 21/02/2020, sobre atualização dos critérios técnicos para triagem de dengue, chikungunya, zica e coronavírus, estendeu-se este prazo de 7 para até 14 dias após a doação. Até janeiro de 2022, no Hemonúcleo Regional de Araraquara (HN), o registro da comunicação do doador, do resgate dos hemocomponentes em estoque e da busca ativa dos receptores era realizado na Tela do Doador Positivo da Tela da Triagem do Sistema HEMOVIDA. Com a elevação dos registros da comunicação no início de janeiro 2022 foi necessário criar o Formulário de Rastreabilidade de Sinais e Sintomas de Infecção após Doação. Os comunicados eram recebidos pelas funcionárias da Recepção via telefone ou WhatsApp, e se necessário, as enfermeiras ou os médicos contatavam os doadores para tirar dúvidas sobre o início dos sinais e sintomas ou confirmar resultados de exames.
Analisar os registros dos comunicados de sinais e sintomas de processos infecciosos, dos resgastes dos hemocomponentes e da busca ativa dos receptores nas Agências Transfusionais (AT) de 24/01 a 04/07/2022.
Para obter os dados utilizamos a Tela do Serviço Social do Sistema Hemovida e os Formulários de Rastreabilidade de Sinais e Sintomas de Infecção após Doação dos períodos de 24/01 a 04 /07/2022.
No período de 24/01 a 04/07/2022, do total de 3130 doadores, 38 (1,2%) entraram em contato com o HN para informar sinais e sintomas de processos infecciosos. Destes, 52,5% eram relacionados à COVID, 39,5% aos sinais e sintomas de infecção como febre, cefaleia, mialgia e dor de garganta e 8% à dengue. Estes doadores comunicaram o HN, em média, 7 dias após a data da doação de sangue. Destes, 2 contatos assintomáticos de casos de COVID estavam negativos para a doença e os hemocomponentes retornaram para o estoque.
Neste período expurgamos 19 (57,6%) concentrados de hemácias (CH), 10 (34,5%) concentrados de plaquetas (CP) e 32 plasmas frescos congelados (PFC) que estavam no estoque do HN. Dos CH, 14 foram distribuídos para as AT e destes, 7 foram (21,2%) devolvidos para expurgo e 7 (21,2%) foram transfundidos. Dos CP, 19 foram distribuídos e destes, 10 (34,5%) devolvidos para o HN e 9 (31%) transfundidos. Na busca ativa dos 16 receptores das AT, apenas 1 apresentou reação adversa febril após transfusão de CP. No total, expurgamos 78 hemocomponentes (83%) e transfundimos 16 (17%).
Com as análises do estudo, observamos a importância do doador nos comunicar estes sinais e sintomas de infecção o mais rápido possível para que na busca ativa evitemos a transfusão dos hemocomponentes e possamos acompanhar os receptores envolvidos. Observamos também que alguns doadores levaram até 7 dias após o aparecimento da febre para comunicar o HN, esperando, talvez, diagnóstico definitivo de doença infectocontagiosa. Para que isto não ocorra, começamos a reforçar nas informações pós doação, a importância de os doadores contatarem o serviço logo no início dos sinais e sintomas do processo infeccioso, principalmente a ocorrência de febre. |
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ISSN: | 2531-1379 |
DOI: | 10.1016/j.htct.2022.09.639 |