O neolamarckismo de Edward Drinker Cope e a ideia de progresso biológico no processo evolutivo

A teoria neolamarckista de Edward Cope operava com um mecanismo alternativo à seleção natural. Acréscimos ou decréscimos dos estágios ontogênicos produziriam características que poderiam ser geradas e integradas ao organismo por meio da herança de caracteres adquiridos. Incrementando, ou não, a comp...

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Published inHistória, ciências, saúde--Manguinhos Vol. 24; no. 4; pp. 1009 - 1029
Main Author Faria, Felipe
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz 01.10.2017
Fundação Oswaldo Cruz, Casa de Oswaldo Cruz
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Summary:A teoria neolamarckista de Edward Cope operava com um mecanismo alternativo à seleção natural. Acréscimos ou decréscimos dos estágios ontogênicos produziriam características que poderiam ser geradas e integradas ao organismo por meio da herança de caracteres adquiridos. Incrementando, ou não, a complexidade corporal, tal mecanismo aumentava a capacidade adaptativa. Isso poderia ser interpretado como progresso biológico de maneira semelhante à interpretação feita por defensores da teoria sintética evolutiva. Mas, diferentemente destes últimos, o neolamarckismo relegava à seleção natural papel secundário. Este estudo esclarece o posicionamento de Cope em relação ao fenômeno do progresso biológico, assim como seu enfoque fortemente adaptacionista, propondo que essa tenha sido uma contribuição indireta à articulação da nova síntese evolutiva.
ISSN:1678-4758
DOI:10.1590/s0104-59702017000500009