Percepções, significados e adaptações à hemodiálise como um espaço liminar: a perspectiva do paciente

Este trabalho apresenta um olhar etnográfico sobre a experiência das pessoas que dependem da hemodiálise para continuar vivendo. Neste artigo, o foco é o paciente, apresentamos suas percepções e experiências, tomando como base seu convívio com a doença e suas estratégias de enfrentamento, pois as ca...

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Published inInterface (Botucatu, Brazil) Vol. 22; no. 66; p. 853
Main Authors Viviane Fernandes Conceição dos Santos, Zulmira Newlands Borges, Sônia Oliveira Lima, Francisco Prado Reis
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Botucatu Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" Fundacao U N I 01.07.2018
Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)
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Summary:Este trabalho apresenta um olhar etnográfico sobre a experiência das pessoas que dependem da hemodiálise para continuar vivendo. Neste artigo, o foco é o paciente, apresentamos suas percepções e experiências, tomando como base seu convívio com a doença e suas estratégias de enfrentamento, pois as características bastante peculiares desse tratamento geram uma relação complexa, acompanhada de contradições e ambiguidades. Os entrevistados, com idades entre 18 e setenta anos, estavam há mais de um ano nesse tratamento e revelaram vidas marcadas pela experiência da doença, além de depoimentos que nos levam a analisar a hemodiálise como espaço de liminaridade. Interpretamos, aqui, à luz da teoria antropológica e a partir de alguns depoimentos dos 117 entrevistados, que todo paciente com insuficiência renal crônica, dependente da hemodiálise, vive em um espaço liminar que pode durar meses ou anos. This study presents an ethnographic view about the experience of people who depend on hemodialysis to survive. The investigation focused on patients, their perceptions and experiences, based on their relationship with the disease and coping strategies, given that the specificities of this type of treatment originate a complex process, followed by contradictions and ambiguities. The interviewees, who were aged between 18 and 70 years and had been on this treatment over a year, revealed having lives marked by the disease experience and statements which make hemodialysis to be construed as a liminality space. The study, grounded on the anthropological theory, and some of the reports by the 117 interviewees developed the interpretation that every patient with chronic kidney disease who depends on hemodialysis lives in a liminal space that can last months or years. Este trabajo presenta una mirada etnográfica sobre la experiencia de las personas que dependen de la hemodiálisis para continuar viviendo. En este artículo el enfoque es el paciente y presentamos sus percepciones y experiencias, tomando como base su convivencia con la enfermedad y sus estrategias de enfrentamiento, puesto que las características bastante peculiares de este tratamiento generan una relación compleja, acompañada de contradicciones y ambigüedades. Los entrevistados con edades entre 18 y 70 años estaban desde hacía más de un año en ese tratamiento y revelaron vidas marcadas por la experiencia de la enfermedad, además de declaraciones que nos llevan a analizar la hemodiálisis como espacio de condición preliminar. Interpretamos aquí a la luz de la teoría antropológica y a partir de algunas declaraciones de los 117 entrevistados que todos los pacientes con insuficiencia renal crónica, dependientes de hemodiálisis viven en un espacio preliminar que puede durar meses o años.
ISSN:1414-3283
1807-5762
1807-5762
DOI:10.1590/1807-57622017.0148