Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana

Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para tanto, faço uma análise de como sujeitos brancos se apropriam da categoria...

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Published inPsicologia & Sociedade Vol. 26; no. 1; pp. 83 - 94
Main Author Lia Vainer Schucman
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Spanish
Published Associação Brasileira de Psicologia Social 01.04.2014
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Summary:Este artigo tem como objetivo fazer uma contribuição para o campo de estudo que relaciona as categorias raça, racismo e psicologia, e faz parte dos estudos interdisciplinares nacionais e internacionais sobre branquitude. Para tanto, faço uma análise de como sujeitos brancos se apropriam da categoria raça e do racismo na constituição de suas subjetividades. Para essa compreensão foram feitas entrevistas com brancos paulistanos de diferentes classes sociais, gênero e gerações com o intuito de compreender quais os significados que estes sujeitos atribuíam a "ser branco". Os resultados obtidos nesta pesquisa apontaram que o racismo e a ideia falaciosa de raça, construída no século XIX, ainda fazem eco nos modos de subjetivação de indivíduos brancos. A partir das análises das entrevistas foi possível perceber que estes sujeitos acreditam que "ser branco" determina características morais, intelectuais e estéticas dos indivíduos.
ISSN:1807-0310
DOI:10.1590/S0102-71822014000100010