Evolução pondero-estatural de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a tratamento cirúrgico

Objetivo: Avaliar a evolução pôndero-estatural de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a tratamento cirúrgico com intuito de determinar quando atingem o limiar de desenvolvimento normal e se há diferenças entre pacientes com padrão de desenvolvimento abaixo do patamar da normalidade no pr...

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Published inRevista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 29; no. 2; pp. 241 - 248
Main Authors Peres, Murilo Bertazzo, Croti, Ulisses Alexandre, Godoy, Moacir Fernandes de, Marchi, Carlos Henrique De, Hassem Sobrinho, Sírio, Beani, Lilian, Moscardini, Airton Camacho, Braile, Domingo Marcolino
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01.04.2014
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Summary:Objetivo: Avaliar a evolução pôndero-estatural de crianças com cardiopatias congênitas submetidas a tratamento cirúrgico com intuito de determinar quando atingem o limiar de desenvolvimento normal e se há diferenças entre pacientes com padrão de desenvolvimento abaixo do patamar da normalidade no pré-operatório (z-score<-2 para o parâmetro analisado) em relação ao grupo total de cardiopatas. Métodos: Acompanhamento prospectivamente de 27 crianças submetidas à operação em cinco períodos: pré-operatório e em quatro subsequentes retornos ambulatoriais: 1º mês, 3º mês, 6º mês e 12º mês após a alta hospitalar. Os parâmetros antropométricos usados foram a média do z-score (Zm) do peso (ZmP/I), da altura (ZmA/I), prega cutânea subescapular (ZmPCS/I), perímetro braquial (ZmPB/I) e prega cutânea tricipital (ZmPCT/I). A avaliação da evolução dos parâmetros foi feita pela análise de variância e a comparação com a população geral normal pelo teste t não pareado, tanto no grupo total dos cardiopatas, quanto nos subgrupos com parâmetros pré-operatórios abaixo do patamar da normalidade (Zm<-2). Resultados: No grupo total não houve evolução significativa dos Zm de todos os parâmetros. O ZmP/I foi estatisticamente menor que da população normal até o 1º mês de seguimento (P=0,028); o ZmA/I, somente no pré operatório (P=0,044); o ZmPCS/I, no o 1º mês (P=0,015) e no 12º mês (P=0,038); o ZmPB/I e o ZmPCT/I sempre foram estatisticamente iguais ao da população geral. Nos pacientes com desenvolvimento abaixo do limiar da normalidade houve variação importante do ZmP/I (P=0,002), do ZmA/I (P=0,001) e do ZmPB/I (P=0,031) após a operação, sendo que o ZmP/I foi menor que da população normal até o 3º mês (P=0,015); o ZmA/I e o ZmPB/I, até o 1º mês (P=0,024 e P=0,039 respectivamente); o ZmPCS/I, até o 12º mês (P=0,005); o ZmPCT/I, somente no pré-operatório (P=0,011). Conclusão: A operação promoveu o retorno à normalidade para os cardiopatas em geral dentro de até três meses, porém para o grupo de pacientes abaixo do padrão normal de desenvolvimento o retorno ocorreu em até 12 meses.
ISSN:1678-9741
DOI:10.5935/1678-9741.20140036