ÓBITOS POR LEUCEMIA LINFÓIDE NO PARÁ (2010-2019)

Caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos por Leucemia Linfóide no estado do Pará entre os anos de 2010 e 2019. É um estudo ecológico no qual se utilizou o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) da base de dados do DATASUS/Ministério da Saúde sobre os óbitos registrados por Leucemia Lin...

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Published inHematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 43; pp. S116 - S117
Main Authors Sastre, GS, Reis, ASDS, Lopes, AA, Moreira, BB, Fonseca, LG, Lobato, JVS, Franco, SC, Nascimento, CVCD
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.10.2021
Elsevier
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Summary:Caracterizar o perfil epidemiológico dos óbitos por Leucemia Linfóide no estado do Pará entre os anos de 2010 e 2019. É um estudo ecológico no qual se utilizou o Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) da base de dados do DATASUS/Ministério da Saúde sobre os óbitos registrados por Leucemia Linfóide no período de 2010 e 2019 no Pará. Selecionou-se dados sobre ano de óbito, faixa etária, cor/raça, sexo, escolaridade e regiões de saúde. No período, foram notificados 361.070 óbitos no estado. Desse total, 685 são por Leucemia Linfóide, demonstrando que a cada 10.000 óbitos 18,97 eram pela doença. No estudo, foi verificado uma média de 68,5 óbitos/ano, sendo que 2015 e 2019 foram os anos com mais casos de óbitos, com 79 (11,53%) óbitos por ano. Em relação à faixa etária, no período, a maioria dos óbitos por Leucemia Linfóide está entre 5 e 9 anos, representando 105 casos (15,32%) e a minoria por menores de 1 ano, com 7 casos (1,02%). Houve maior prevalência de óbitos pela doença em pessoas pardas, sendo 538 casos (78,54%) do total. Quanto ao sexo mais prevalente em relação ao número de óbitos, o masculino apresenta 375 casos (54,74%) e, o feminino, 310 casos (45,25%), sem discrepância signicativa entre os sexos. Em relação à escolaridade, os óbitos de indivíduos entre 4 e 7 anos de escolaridade foram mais prevalentes, com 135 casos (19,70%). Entre as Regiões de Saúde do estado do Pará, a região Metropolitana l possui a maioria dos óbitos, apresentando 568 casos (82,91%), seguido da região do Baixo Amazonas, com 74 (10,80%). As demais regiões, não obtiveram resultados significativos. Em relação às variáveis ignoradas no preenchimento das fichas de notificação, notou-se que 159 (23,21%) tiveram informações quanto à escolaridade ignorada e 2 quanto à cor/raça. Pelo seu impacto em número de óbitos e uso de recursos, a doença representa um problema de saúde pública. Apesar do total representar 685 casos no estado do Pará e a média de óbitos/ano ser mantida em 68,5 casos, os anos de 2012, 2015 e 2016 a ultrapassam, o que sugere uma maior notificação. Ademais, a Leucemia Linfóide é uma doença encontrada, predominantemente, em crianças, o que se reflete na maioria de óbitos existentes nessa faixa-etária. No que concerne ao maior número de óbitos de pessoas pardas, reflete características da população do estado e sugere negligência dessa parcela da população. Em relação ao sexo, o masculino apresentou uma diferença de 65 pessoas, sugerindo que apesar da leve discrepância, a prevalência de óbitos pela doença no estado independe do sexo. No quesito escolaridade, a maior quantidade de óbitos foi encontrada em indivíduos entre 4 e 7 anos de escolaridade, ou seja, demonstrando a maior prevalência em crianças em convergência com outros estudos. Por fim, a concentração de óbitos na Região Metropolitana 1 do estado refletem as determinantes sociais de saúde dos centros urbanos, com uma pior resposta à mortalidade pela doença no estado e sugerem a necessidade de medidas públicas de diagnóstico e tratamento precoce. As informações ignoradas das fichas de notificação sugerem negligência dos profissionais da saúde com o preenchimento adequado e compromete a fidedignidade dos dados e possíveis estudos futuros. O perfil epidemiológico encontrado é de crianças entre 5 e 9 anos, pardas, independente do gênero, com baixa escolaridade, residentes da região Metropolitana 1e maior número de óbitos em 2015 e 2019.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2021.10.199