OBESIDADE EM PVH: UMA QUEBRA DE PARADIGMA OU MITO?

Nos 40 anos de HIV atravessamos padrões de pacientes com Sd. Consuptiva e Lipodistrofia, porém nos últimos anos a obesidade tem se tornado um problema mundial. Com o objetivo de avaliar o perfil metabólico e corporal esse estudo se propõe a representar na vida real os PVH na atualidade. De julho a s...

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Published inThe Brazilian journal of infectious diseases Vol. 26; p. 101858
Main Authors Medeiros, Melissa Soares, Aquino, Bruno Pinheiro, Lima, Luan Victor Almeida, da Silva, Francisco José Cândido, Lima, Cícero Allan Landim de Oliveira, Rodrigues, Marllan Louise Matos, Coelho, Tânia Mara Silva
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.01.2022
Elsevier
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Summary:Nos 40 anos de HIV atravessamos padrões de pacientes com Sd. Consuptiva e Lipodistrofia, porém nos últimos anos a obesidade tem se tornado um problema mundial. Com o objetivo de avaliar o perfil metabólico e corporal esse estudo se propõe a representar na vida real os PVH na atualidade. De julho a setembro/2021 foram selecionados por livre demanda PVH em ambulatório especializado para realizar avaliação de bioimpedância. Total de 70 pacientes avaliados, com idade média 44,5 (var25-67) anos, sendo 67,1% sexo masculino. Destes 34,3% tinham > 50 anos (62,5% masculino), Colesterol total 186 (HDL 38,4 e LDL 118,3), triglicerídeos 170,8 e glicemia 108,6. Foram 46 pacientes <50 anos, sendo 69,5% sexo masculino, Colesterol total 185,8 (HDL 41,4 e LDL 101,7), triglicerídeos 202,4 e glicemia 102,1. Avaliando idade, aqueles >50 foram 66,6% com alteração de peso (6 obesos e 10 acima do peso) e <50 foram 60,8% (12 obesos e 16 acima do peso), (p = 0,79). Na idade > 50 anos havia 75% com gordura corporal alta ou muito alta (n = 18) e < 50 anos 67,4% com gordura corporal alta ou muito alta (n = 31), (p = 0,59). Quanto ao percentual de Gordura visceral a média foi 9,8 acima de 50 anos, sendo 12 com sinal de alerta e, média de 8,1 com 15 apresentando sinal de alerta na população abaixo de 50 anos (p = 0,19). Considerando a TARV, em uso de Inibidor de integrase (38 DTG e 1 RAL), apresentavam alteração de peso 64,1% (Obesidade = 10 e acima do peso = 15) e gordura visceral com valores de alerta em 43,6% (n = 17). Comparando com outras terapias sem INI (27 em uso de TDF/3TC/EFZ ou NVP, TDF/3TC/ATVr ou DRVr), apresentavam alteração de peso 59,2% (Obesidade = 5 e acima do peso = 11), (p = 0,79) e gordura visceral com valores de alerta em 33,3% (n = 9), (p = 0,45). Quanto comparado ganho de peso entre os sexos, as mulheres apresentavam 52,1% de ganho (Obesidade = 6 e acima do peso = 6) e homens 68% (Obesidade = 12 e acima do peso = 20), (p = 0,29). Quanto a gordura visceral as mulheres apresentaram 1 sinal de alerta e os homens 26 (p = 0,0001). População idosa apresentou maior percentual de gordura corporal, sem diferença quanto a obesidade. Pacientes em uso de inibidores de integrase comparado a outros esquemas apresentaram tendência a maior percentual de gordura visceral, assim como o sexo masculino.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.101858