REATIVIDADE VACINAL E DURAÇÃO DE RESPOSTA IMUNE DA CORONAVAC E ASTRAZENECA EM UMA COORTE DE TRABALHADORES

A pandemia de COVID-19 iniciou a corrida do desenvolvimento de vacinas globalmente. Os trabalhadores da saúde foram o primeiro grupo a receber imunizantes, e no Brasil os mais utilizados foram CoronaVac e AstraZeneca. O presente estudo teve como objetivo avaliar a imunogenicidade e a duração da resp...

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Published inThe Brazilian journal of infectious diseases Vol. 26; p. 101713
Main Authors Gouvea, Maria da Penha Gomes, Moula, Isac Ribeiro, Gouveia, Thayná Martins, Thompson, Beatriz Paoli, Lança, Karen Evelin Monlevade, Lacerda, Gabriela Curto Cristianes, Lenzi, João Pedro Gonçalves, Ramos, Sabrina de Souza, Lacerda, Barbara Sthefany de Paula, Forechi, Ludimila, Filho, Olindo Assis Martins, de Carvalho, Andréa Teixeira, Camacho, Luiz Antonio Bastos, Villela, Daniel Antunes Maciel, Pinto Neto, Lauro, Faé, Filipe, Moulin, Anna Carolina Simões, de Barros, Arthur Prando, Souza, Bárbara Oliveira, Surlo, Heitor Filipe, Vieira, Gabriel Smith Sobral, de Lima, Marina Deorce, Pasti, Laís Pizzol, Grillo, Luiza Lorenzoni, Aguiar, Laura Gonçalves Rodrigues, Athayde, Paula, Lorencini, Pietra Zava, Ribeiro, Hellen Carvalho, Soares, Cinthia Eduarda Santos, Macabú, Mariana, Albertino, Laíssa Fiorotti, Miossi, João Pedro Moraes, Rassele, Matheus Leite, Pimentel, Felipe de Castro, Henriques, Allan Gonçalves, Amaral, Maria Eduarda Moraes Hibner, Machado, Ketty Lysie Libardi Lira, Mill, José Geraldo, Valim, Valéria
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.01.2022
Elsevier
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Summary:A pandemia de COVID-19 iniciou a corrida do desenvolvimento de vacinas globalmente. Os trabalhadores da saúde foram o primeiro grupo a receber imunizantes, e no Brasil os mais utilizados foram CoronaVac e AstraZeneca. O presente estudo teve como objetivo avaliar a imunogenicidade e a duração da resposta às vacinas Coronavac e Astrazeneca. Este estudo de coorte foi realizado no Hospital Universitário da Universidade Federal do Espírito Santo (HUCAM-UFES/EBSERH). No total, 476 trabalhadores da saúde foram recrutados, 261 e 215 foram completamente imunizados com duas doses da vacina CoronaVac (VAC) e AstraZeneca (AZV), respectivamente. Dentre os que receberam o esquema vacinal VAC, a média de idade foi 43 anos. Dentre os que receberam o esquema vacinal AZV, a média de idade foi 44 anos. Os participantes foram acompanhados por meio de coletas de sangue para dosagem dos níveis de anticorpos IgG e IgG anti-spike (IgG-S), no dia da primeira dose (D0), 28 dias após a primeira dose (D28), 28 dias após a segunda dose (D28*) e 180 dias após a primeira dose (D180). Antes da vacinação, 17,5% foram reagentes ao IgG e 42,8% ao IgG-S no grupo VAC (n = 257) e 13,2% para IgG e 29,7% IgG-S foram reativos no AZV. Em ambos os grupos, os níveis de anticorpos foram crescentes com pico 28 dias após a segunda dose com taxa de soroconversão de 100% e queda dos títulos após 180 dias. Após 180 dias, 92,9% se mantivessem reativos no grupo VAC e 100% no AZV no seguimento de 6 meses. No grupo VAC o pico de IgG total foi de 2,17mEq/dL e IgG-S de 1700 AU/mL. Em relação ao grupo de AstraZeneca o pico foi 5617, ± 6101,8 AU/mL. A reatividade humoral induzida pelas vacinas AstraZeneca e CoronaVac foi alta, com taxa de soroconversão de 100% com os dois imunizantes após a segunda dose. A CoronaVac induziu menores títulos de IgG-S, bem como redução de reatividade após 6 meses. Embora não esteja bem estabelecido correlatos de proteção, os títulos mais baixos e queda mais rápida dos níveis de anticorpos específicos, indica necessidade de reforço ou terceira dose. HUCAM-UFES, EBSERH, ICEPi/SESA.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.101713