Avaliação da nasalidade de fala na fissura labiopalatina

Objetivo Descrever os resultados da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina e comparar os achados de nasalidade estabelecidos por meio do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com os achados estabelecidos por análise de gravações por juízes, em dois tipos de amostras de...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inAudiology - Communication Research Vol. 20; no. 1; pp. 48 - 55
Main Authors Padilha, Edna Zakrzevski, Dutka, Jeniffer de Cássia Rillo, Marino, Viviane Cristina de Castro, Lauris, José Roberto Pereira, Silva, Mariana Jales Felix da, Pegoraro-Krook, Maria Inês
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Academia Brasileira de Audiologia 01.03.2015
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Objetivo Descrever os resultados da nasalidade de fala de indivíduos com fissura labiopalatina e comparar os achados de nasalidade estabelecidos por meio do julgamento perceptivo-auditivo realizado ao vivo com os achados estabelecidos por análise de gravações por juízes, em dois tipos de amostras de fala. Métodos O estudo envolveu a análise retrospectiva dos resultados de avaliações perceptivo-auditivas da nasalidade de fala realizadas ao vivo por uma fonoaudióloga e o julgamento prospectivo, por consenso de juízas de 100 gravações de amostras de fala, obtidas durante a produção de dois conjuntos de estímulos de fala: um com consoantes de alta pressão (CAP, n=100) e outro com consoantes de baixa pressão (CBP, n=100). Os dados pertenciam a pacientes de ambos os gêneros, com idades entre 5 e 12 anos, que tiveram a fissura labiopalatina operada por um mesmo cirurgião. Resultados A ausência de hipernasalidade foi constatada em 69% dos julgamentos ao vivo. Quando presente, a hipernasalidade leve foi constatada em 23% dos casos, enquanto a hipernasalidade moderada em 8%. Para os julgamentos das amostras gravadas, 50% foram identificadas com hipernasalidade durante a produção das amostras CAP e 62% durante a das amostras CBP. Diferença significativa foi encontrada entre o resultado do julgamento ao vivo e o julgamento pelas juízas nas amostras CAP. A concordância entre as modalidades de avaliação variou de 79% para as amostras CAP e 80% para as amostras CBP, sendo considerada moderada. Conclusão O julgamento perceptivo ao vivo da nasalidade de fala pode detectar melhor a ausência de hipernasalidade, seguida pela hipernasalidade de grau leve, em comparação com o julgamento realizado por juízes múltiplos, a partir de amostras gravadas. Contudo, tem a desvantagem de os dados não poderem ser reproduzidos, nem quantificados, nem compartilhados por outros membros da equipe.
ISSN:2317-6431
2317-6431
DOI:10.1590/S2317-64312015000100001444