Avaliação do sensor de contratilidade cardíaca em sistema DDDR: estudo multicêntrico

Introdução: O tratamento de distúrbios na condução atrioventricular associados a doenças do nó sinusal com o emprego de marcapassos DDDR tem incentivado a procura de um sensor ideal. Objetivo: Avaliar a resposta de freqüência do marcapasso com sensor de contratilidade em situações de esforço físico...

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Published inRevista brasileira de cirurgia cardiovascular Vol. 13; no. 4; pp. 340 - 350
Main Authors ANDRADE, José Carlos S., ANDRADE, Veridiana S., BUFFOLO, Ênio, GRECO, Oswaldo Tadeu, LOPES, Marly Gerola, Macedo Júnior, Antônio, MENEZES JÚNIOR, Antônio da Silva, MORAES, Antônio Vitor, MOTA, Newton José Martins, PACHÓN, José Carlos, Schaldach, Marc, TEBEXRENI, Antônio Sérgio, TOMAS, Aldo Auler
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular 01.10.1998
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Summary:Introdução: O tratamento de distúrbios na condução atrioventricular associados a doenças do nó sinusal com o emprego de marcapassos DDDR tem incentivado a procura de um sensor ideal. Objetivo: Avaliar a resposta de freqüência do marcapasso com sensor de contratilidade em situações de esforço físico e mental, tanto em laboratório como em atividades diárias de pacientes com bradicardia e insuficiência cronotrópica. Casuística e Métodos: Do estudo multicêntrico brasileiro "Projeto Inos DR _ Brasil", que emprega um sistema de estimulação DDDR cujo indicador é o estado contrátil do miocárdio, foram selecionados 38 pacientes com insuficiência cronotrópica, sendo 21 do sexo masculino e 17 do sexo feminino, com idades variando de 13 a 83 anos (média de 57 anos). O marcapasso utiliza um parâmetro do próprio controle cardiovascular (contratilidade cardíaca obtida pela medida da impedância cardíaca unipolar) para a adaptação da freqüência cardíaca, num sistema de malha fechada que, teoricamente, possibilita um ajuste a todas as necessidades fisiológicas. A calibração e programação do sistema só foi realizada 30 dias após o implante (tempo de maturação da irterface coração-eletrodo), realizando-se, então, teste de estresse mental (matemático) e teste ergométrico (em esteira), monitorados com histograma de freqüência e com curvas de consumo de oxigênio. Resultados: A média de limiares agudos de estimulação foi de 0,82 Volts e 0,55 Volts, e a média de limiares de sensibilidade foi de 2,37 mV e 10,61 mV, respectivamente, para átrios e ventrículos. A média de limiares crônicos de estimulação foi de 1,44 Volts e 1,18 Volts, e a média de limiares de sensibilidade foi de 2,81 mV e 6,3 mV, respectivamente para átrios e ventrículos. A freqüência cardíaca variou de 5% a 128% nas atividades físicas e de 5% a 80% nas atividades mentais, com elevação logo no início das atividades, permitindo uma curva normal de consumo de oxigênio, comparável à de indivíduos normais de mesma faixa etária, sexo e peso. As médias foram comparadas pelo teste T de Student e as variáveis, pela análise de variância. Conclusão: O sensor de contratilidade cardíaca tem excelente desempenho na adaptação da freqüência cardíaca, com valor semelhante ao produzido pelo sistema nervoso autônomo de indivíduos normais.
ISSN:1678-9741
0102-7638
1678-9741
DOI:10.1590/S0102-76381998000400008