O neutro em psicanálise: da técnica à ética

O presente artigo retoma a noção de neutralidade proveniente da técnica clínica psicanalítica, confrontando-a com noções próximas, tais como a neutralidade científica e o neutro na semiologia de Barthes. Procuramos demonstrar como tal noção descreve bem a postura analítica, exigida tanto do paciente...

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Published inFractal : revista de psicologia Vol. 24; no. 1; pp. 95 - 110
Main Authors Souza, Carolina Rodrigues Alves de, Coelho, Daniel Menezes
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Universidade Federal Fluminense, Departamento de Psicologia 01.04.2012
Universidade Federal Fluminense
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Summary:O presente artigo retoma a noção de neutralidade proveniente da técnica clínica psicanalítica, confrontando-a com noções próximas, tais como a neutralidade científica e o neutro na semiologia de Barthes. Procuramos demonstrar como tal noção descreve bem a postura analítica, exigida tanto do paciente (associação livre) quanto do analista (atenção flutuante), e como ela nasce na prática clínica freudiana, respondendo a problemas decorrentes dela. Assim, abordaremos os temas da hipnose e da sugestão, como também aqueles ligados à contra-transferência. Defenderemos, ainda, que a neutralidade não é apenas questão de técnica, mas é central para o entendimento da própria ética da psicanálise.
ISSN:1984-0292
1984-0292
DOI:10.1590/S1984-02922012000100007