A reprodução do capital na frente pioneira e o renascimento da escravidão no Brasil

A acelerada expansão territorial do capital, sobretudo na região amazônica, a partir de meados dos anos sessenta, revigorou ali, mas também em outras regiões do país, a escravidão por dívida ou peonagem. Diversa da escravidão clássica, que no Brasil se firmou no cativeiro do negro, a peonagem recent...

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Published inTempo social : revista de sociologia da USP Vol. 6; no. 1-2; pp. 1 - 25
Main Author MARTINS, JOSÉ DE SOUZA
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo 01.12.1994
Universidade de Sâo Paulo
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Summary:A acelerada expansão territorial do capital, sobretudo na região amazônica, a partir de meados dos anos sessenta, revigorou ali, mas também em outras regiões do país, a escravidão por dívida ou peonagem. Diversa da escravidão clássica, que no Brasil se firmou no cativeiro do negro, a peonagem recente entre nós é marcada por extrema violência física contra os trabalhadores, em alta proporção culminando com o assassinato daqueles que procuram fugir. A tese do autor é a de que a escravidão por dívida é variação extrema do trabalho assalariado em condições de superexploração, isto é, em condições de mercado em que a exploração do trabalhador é levada ao limite de comprometer sua própria sobrevivência. E de que se dá especialmente quando mecanismos de acumulação primitiva são incorporados no processo de reprodução ampliada do capital.
ISSN:1809-4554
DOI:10.1590/ts.v6i1/2.84955