Institucionalização das iniciativas socioambientais das organizações: interfaces entre a teoria do desenvolvimento social de Habermas e o isomorfismo da teoria institucional

Este artigo estabelece uma discussão a partir da premissa de que a institucionalização envolve processos por meio dos quais valores sociais (práticas, crenças e obrigações) assumem o status de regras de pensamento e de ação social. Busca, assim, indicar como uma sociedade viabiliza a materialização...

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Published inCadernos EBAPE.BR Vol. 12; no. spe; pp. 401 - 415
Main Authors Kelm, Martinho Luis, Renz, Cíntia Lisiane da Silva, Allebrandt, Sérgio Luís, Sausen, Jorge Oneide
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Fundação Getulio Vargas, Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas 01.08.2014
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Summary:Este artigo estabelece uma discussão a partir da premissa de que a institucionalização envolve processos por meio dos quais valores sociais (práticas, crenças e obrigações) assumem o status de regras de pensamento e de ação social. Busca, assim, indicar como uma sociedade viabiliza a materialização de novos padrões de racionalidade, de modo que estes passem a interferir nas concepções de realidade de seus sujeitos. O estudo apresenta um modelo de análise sistêmico da responsabilidade social corporativa, integrando os conceitos da lógica do desenvolvimento social, proposta por Jürgen Habermas, e os processos de isomorfismo observados nas organizações e oriundos da teoria institucional. Com o intuito de fornecer um modelo de análise teórico-empírica do tema, as iniciativas socioambientais são justificadas, inicialmente, pelo seu papel como fator de diferenciação ou como estabelecedor da reputação da organização e de seus produtos e serviços. Na sequência, observa-se um processo de normatização, quando é definido um novo padrão mínimo de atuação das organizações e, porque não dizer, de maturidade social, reiniciando nesse ponto uma nova busca de diferenciais competitivos e avanços sociais. Esse enfoque de investigação da atuação das empresas na arena socioambiental rompe com a perspectiva ingênua e voluntarista de que a emergência dessas iniciativas ocorra conforme diferentes níveis de conscientização do meio empresarial.
ISSN:1679-3951
1679-3951
DOI:10.1590/1679-39519097