Repercussões da Pandemia de COVID-19 na Prática Assistencial de um Hospital Terciário

Resumo Fundamento Ainda não temos informações acerca do impacto da pandemia da COVID-19 sobre a atividade médica assistencial no Brasil. Objetivo Descrever as repercussões da pandemia da COVID-19 na rotina de atendimentos em um hospital terciário, referência regional em cardiologia e oncologia. Méto...

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Published inArquivos brasileiros de cardiologia Vol. 115; no. 5; pp. 862 - 870
Main Authors Almeida, André Luiz Cerqueira, Santo, Thyago Monteiro do Espírito, Mello, Maurício Silva Santana, Cedro, Alexandre Viana, Lopes, Nilson Lima, Ribeiro, Ana Paloma Martins Rocha, Mota, João Gustavo Cerqueira, Mendes, Rodrigo Serapião, Almeida, Paulo André Abreu, Ferreira, Murilo Araújo, Arruda, Diego Moreira, Santos, Adriana Aguiar Pepe, Rios, Vinícius Guedes, Dantas, Maria Rosa Nascimento, Silva, Viviane Almeida, Silva, Marcos Gomes da, Sampaio, Patrick Harrison Santana, Guimarães, André Raimundo, Santos Jr, Edval Gomes
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC 01.11.2020
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC)
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Summary:Resumo Fundamento Ainda não temos informações acerca do impacto da pandemia da COVID-19 sobre a atividade médica assistencial no Brasil. Objetivo Descrever as repercussões da pandemia da COVID-19 na rotina de atendimentos em um hospital terciário, referência regional em cardiologia e oncologia. Métodos Estudo de corte transversal. Foi realizado levantamento dos atendimentos no período de 23/03/2020 (fechamento do comércio local) até 23/04/2020 (P20) e comparado com o mesmo período em 2019 (P19).Resultados: Detectamos redução no número de consultas cardiológicas, teste ergométrico, Holter, monitorização ambulatorial da pressão arterial, eletrocardiograma e ecocardiograma (90%, 84%, 94%, 92%, 94% e 81%, respectivamente). Em relação à cirurgia cardíaca e cateterismo cardíaco, houve redução de 48% e 60%, respectivamente. Aumento no número de angioplastia transluminal coronária (33%) e de implante de marca-passo definitivo (29%). Houve 97 internamentos na UTI em P19, contra 78 em P20, redução de 20%. Diminuição dos atendimentos no pronto-socorro cardiológico (45%) e nos internamentos na enfermaria de cardiologia (36%). Houve diminuição nas consultas oncológicas de 30%. Sessões de quimioterapia reduziram de 1.944 para 1.066 (45%). Sessões de radioterapia diminuíram 19%. Conclusão A COVID-19 provocou redução considerável no número de consultas nos ambulatórios de cardiologia, oncologia e demais especialidades. Houve uma preocupante diminuição no número de cirurgias cardíacas e nas sessões de quimioterapia e radioterapia nas semanas iniciais da pandemia. A procura por atendimento no pronto-socorro cardiológico, assim como as internações na UTI e enfermaria cardiológicas, também reduziram, gerando preocupação acerca da evolução e prognóstico destes pacientes portadores de outras patologias, que não a COVID-19, nestes tempos de pandemia. (Arq Bras Cardiol. 2020; [online].ahead print, PP.0-0)
ISSN:1678-4170
1678-4170
DOI:10.36660/abc.20200436