Morcegos de morro de São João, estado do Rio de Janeiro, sudeste do Brasil

O Morro de São João é um remanescente de Mata Atlântica formado por um fragmento florestal isolado por matriz de vegetação herbácea e áreas alagadas, a qual vem sofrendo um processo de degradação com a criação de pastagens e áreas residenciais. O objetivo deste trabalho foi apresentar a riqueza e di...

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Published inBioscience journal Vol. 29; no. 2
Main Authors Carlos Eduardo Lustosa Esbérard, Luciana de Moraes Costa, Júlia Lins Luz
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade Federal de Uberlândia 01.05.2013
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Summary:O Morro de São João é um remanescente de Mata Atlântica formado por um fragmento florestal isolado por matriz de vegetação herbácea e áreas alagadas, a qual vem sofrendo um processo de degradação com a criação de pastagens e áreas residenciais. O objetivo deste trabalho foi apresentar a riqueza e diversidade da fauna de morcegos desse local. Quarenta e uma noites de coleta foram realizadas entre maio de 1997 e junho de 2006. As coletas foram feitas com redes de neblinas armadas na transição do pasto para a floresta e entre as plantações de banana, totalizando 2.385 metros de rede e 394 horas de coleta, resultando em 2.864 redes-hora. Amostragens em refúgios totalizaram 75 horas de trabalho noturno em 12 noites. Foram obtidas 1.124 capturas em redes armadas longe de refúgios e 639 capturas em refúgios ou no acesso a estes, totalizando 1.763 capturas, incluindo 164 recapturas. Foram identificadas 28 espécies de cinco famílias, sendo Carollia perspicillata a espécie predominante em redes longe de refúgios. Molossus rufus, Noctilio leporinus, Phyllostomus hastatus e Myotis nigricans foram capturados em refúgio e em redes de neblina longe destes e Peropteryx macrotis somente foi capturado em refúgio. Apesar de possuir área reduzida, 37,3% das 77 espécies de morcegos ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro foram confirmadas no Morro de São João. A existência de elevada riqueza de espécies de morcegos em um fragmento de tamanho médio não é inesperado, pois estudos anteriores já demonstraram que fragmentos pequenos mantiveram a mesma diversidade da floresta contínua.
ISSN:1981-3163