ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS ACERCA DA DOENÇA HEMOLÍTICA DO FETO E DO RECÉM-NASCIDO NA REGIÃO CENTRO-OESTE DO BRASIL

Averiguar os aspectos epidemiológicos da Doença Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido (DHRN), com a proposta de identificar os fatores de risco e padrões de incidência que posteriormente podem ser alvos de estratégias de prevenção e cuidado. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com anál...

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Published inHematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 46; p. S1076
Main Authors Almeida, ESM, Rodrigues, MZ, Santos, WO, Gimenes, NV, Bastos, IV, Fiorillo, AFM, Carvalho, LD, Gorjão, LS, Gomes, JPO, Carmo, CBCD
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.10.2024
Elsevier
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Summary:Averiguar os aspectos epidemiológicos da Doença Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido (DHRN), com a proposta de identificar os fatores de risco e padrões de incidência que posteriormente podem ser alvos de estratégias de prevenção e cuidado. Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo, com análise quantitativa dos casos de DHRN na região Centro-Oeste entre os anos de 2018 e 2022, obtidos do banco de dados do DataSUS. As variáveis de interesse analisadas incluíram diagnóstico de DHRN, morbidade, mortalidade, região do Brasil, sexo e cor/raça dos pacientes. No período analisado, foram internadas 2.818 crianças na região CO. Dentre estas, destaca-se 36,4% (n = 1.028) de cor parda, sendo que 52% dos registros não contam com tal identificação e, portanto, essa variável foi descartada. Ao todo, foram registrados 20 óbitos, o que representa 8,7% da mortalidade registrada no país e coloca a região Centro-Oeste com uma taxa de mortalidade significativamente menor em comparação com as demais (12% região Norte, 40% Nordeste, 22% Sudeste, 15% Sul). A distribuição de gênero foi equilibrada entre os pacientes, sendo de 53,5% e 46,4% para os sexos masculino e feminino, respectivamente. O Sistema de Informações Hospitalares (SIH) sobre a incidência da doença hemolítica perinatal no Brasil e nos estados da Federação mostra que a região do Centro-Oeste (CO) ocupa a terceira posição de região com maior casos de internação, ficando atrás apenas das regiões Nordeste e Sudeste, respectivamente. Esse fato demonstra que regiões com maiores índices demográficos apresentam a maioria dos casos, com exceção da região Nordeste. A DHRN apresenta discrepâncias socioeconômicas, pois para evitar a patologia é necessário pré-natais e tratamentos pós-natais, que levam a custos altos para o sistema de saúde. É notório também o predomínio de casos com a etnia parda, o que corresponde aos dados do Censo demográfico da região. Mas, a análise completa acerca da etnia não é possível devido à grande quantidade de casos que não informaram as categorias. Por fim, vale ressaltar a baixa mortalidade na região CO, sendo a menor entre as regiões brasileiras, mesmo com número de casos significativos. A partir dos resultados analisados, destaca-se a necessidade de estratégias sensíveis às disparidades socioeconômicas e étnicas para prevenção e cuidado. A alta incidência na região ressalta a importância do monitoramento eficaz e intervenção precoce, apesar da baixa mortalidade observada. Desafios incluem melhorar a adesão aos cuidados pré-natais e acesso facilitado a tratamentos especializados. Políticas públicas e fortalecimento da rede de saúde são cruciais para reduzir a incidência e os impactos da DHRN na região.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.1885