COLETA DE LINFÓCITOS POR AFÉRESE PARA MANUFATURA DA TERAPIA CAR-T CELL, COM ÊNFASE NA AVALIAÇÃO DA DOSAGEM DAS CÉLULAS CD3+ PERIFÉRICAS

A maioria das instituições que realizam coleta de Células Progenitoras Hematopoiéticas de Sangue Periférico (CPH-SP) por aférese tem a competência de coletar linfócitos para a terapia, considerando que do ponto de vista técnico não são muito diferentes. Entretanto, atingir a quantidade celular alvo...

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Published inHematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 46; p. S913
Main Authors Acioli, LK, Almeida, PTR
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.10.2024
Elsevier
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Summary:A maioria das instituições que realizam coleta de Células Progenitoras Hematopoiéticas de Sangue Periférico (CPH-SP) por aférese tem a competência de coletar linfócitos para a terapia, considerando que do ponto de vista técnico não são muito diferentes. Entretanto, atingir a quantidade celular alvo pode ser um desafio, considerando que para a coleta de Concentrado de Linfócitos, além de não possibilitar mobilização para o sangue periférico, devemos considerar a linfopenia do paciente, que em grande parte são submetidos a várias linhas de tratamento quimioterápico. Após a quimioterapia recente, a primeira subpopulação linfocitária a incrementar no sangue periférico é de células NK e não de CD3+, podendo aumentar a dificuldade. Compartilhar a experiência das coletas de Concentrado de Linfócitos por aférese, realizadas para manufatura da terapia Car-T Cell adulto e pediátrico. Análise descritiva retrospectiva, dos dados das coletas de Linfócitos por aférese para Terapia Car-T Cell na instituição, no período de 10/2022 até 05/2024. Os dados analisados foram: dosagem de CD3+ no sangue periférico, volemia de sangue total processada, produto coletado e a análise de eficiência da aférese. A dosagem celular ideal considerada é de no mínimo 1 × 109 células CD3+ para pacientes com diagnóstico de Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e 2 × 109 para pacientes com diagnóstico de Linfoma Difuso de Grandes Células B (LDGCB). No total foram analisadas 27 coletas em 21 pacientes, sendo 19 coletas em 16 pacientes adultos com diagnóstico de LDGCB e 8 coletas em 5 pacientes pediátricos com diagnóstico LLA. A dosagem celular ideal foi atingida em coleta única em 14 pacientes adultos e em 3 pacientes pediátricos, volume processado médio 3,5 volemias e eficiência média de 65,5% nas aféreses. Se mostrou um desafio para alcançar a dosagem celular ideal em única coleta, nos pacientes adultos com dosagem de CD3+ periférico inferior a 300 × 10³/ml e os pediátricos com dosagem inferior a 600 × 10³/ml. Se fez necessário em adulto, três coletas por aférese quando dosagem de CD3+ periférico < a 100 × 10³/ml (atingido 2,59 × 109) e duas coletas por aférese com dosagem < 340 × 10³/ml (atingido 3,19 × 109). Quando pediátrico, três coletas com dosagem < 90 × 103/ml (0,75 × 109) e duas coletas com dosagem < 300 × 10³/ml na primeira e < 600 × 10³na segunda (1,94 × 109). O total de leucócitos parece não ter tanta significância para o produto coletado, relatando um paciente adulto com 49 kg, Leucócito Total 0.896 × 10³, Linfócito Total 396 × 10³, CD3+ periférico 395 × 10³/ml, volume processado 12.250 ml (3,9 volemias) e produto final satisfatório de 3,32 × 109. A dosagem de CD3+ periférico associado a volemia de sangue total do paciente, evidenciam maior relevância como parâmetro para programação da aférese, assim não definindo o volume total que será processado com base somente na dosagem de CD3+ periférica. Buscamos um número total de células no produto final, contrapondo a experiência adquirida na avaliação da dosagem das células periféricas para coletas de CPH-SP, que desejamos quantidade de células conforme o peso do paciente.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.1551