Meralgia parestésica secundária a laparoscopia cirúrgica para miomectomia. Relato de caso

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Meralgia parestésica é uma síndrome disestésica e/ou de anestesia na distribuição do nervo cutâneo femoral lateral. É uma mononeuropatia compressiva ou traumática, caracterizada por dor em queimação e/ou desconforto na face anterolateral da coxa, sem alterações motoras ou...

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Published inRevista dor Vol. 13; no. 1; pp. 89 - 93
Main Authors Couceiro, Léa Menezes, Branco, Luíza Helena Castelo, Couceiro, Tania Cursino de Menezes, Couceiro Filho, Roberto de Oliveira
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor 01.03.2012
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Summary:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Meralgia parestésica é uma síndrome disestésica e/ou de anestesia na distribuição do nervo cutâneo femoral lateral. É uma mononeuropatia compressiva ou traumática, caracterizada por dor em queimação e/ou desconforto na face anterolateral da coxa, sem alterações motoras ou de força muscular, com reflexos preservados. Tem sido descrita após diversos procedimentos cirúrgicos, inclusive laparoscópicos. O objetivo deste estudo foi relatar um caso de meralgia parestésica após laparoscopia ginecológica e seu tratamento, assim como rever a literatura relacionada. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 52 anos, submetida à miomectomia laparoscópica, apresentou no pós-operatório imediato, anestesia em face anterolateral da coxa esquerda. Após sete dias, relatava dor paroxística, disestésica e dor ao toque na mesma topografia. Foi medicada com analgésicos e anti-inflamatórios, sem melhora. Após avaliação no ambulatório de dor, foi realizado diagnóstico clínico e eletroneuromiográfico de meralgia parestésica e iniciado tratamento com gabapentina. Houve melhora substancial da sintomatologia, de forma que, após 90 dias, a paciente apresentava apenas dor paroxística ocasional. CONCLUSÃO: A meralgia parestésica é uma complicação possível da miomectomia laparoscópica, cujo diagnóstico raramente é considerado. O tratamento conservador com anticonvulsivantes bloqueadores do canal de cálcio α2-δ foi efetivo para essa paciente.
ISSN:2317-6393
1806-0013
2317-6393
DOI:10.1590/S1806-00132012000100017