Tubo endotraqueal atraumático para ventilação mecânica

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pacientes que necessitam permanecer sob intubação endotraqueal (IOT) por longos períodos ou, se submetidos à anestesia geral, poderão ter lesões na luz da traqueia devido a pressões exercidas pelo balonete terminal. Em alguns casos, essas lesões poderão evoluir para esteno...

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Published inRevista brasileira de anestesiologia Vol. 61; no. 3; pp. 315 - 319
Main Authors Servin, Silvio Oscar Noguera, Barreto, Gilson, Martins, Luiz Cláudio, Moreira, Marcos Mello, Meirelles, Luciana, Colli Neto, José Alexandre, Zen Júnior, José Hélio, Tincani, Alfio José
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sociedade Brasileira de Anestesiologia 01.06.2011
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Summary:JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Pacientes que necessitam permanecer sob intubação endotraqueal (IOT) por longos períodos ou, se submetidos à anestesia geral, poderão ter lesões na luz da traqueia devido a pressões exercidas pelo balonete terminal. Em alguns casos, essas lesões poderão evoluir para estenose ou, ocasionalmente, necrose. O presente trabalho teve por objetivo apresentar um tubo endotraqueal modificado (TETM) em que a pressão do balonete é variável de acordo com o ciclo da ventilação mecânica (VM), sendo o mesmo testado em simulador pulmonar e modelo animal. MÉTODO: Em simulador pulmonar acoplado a ventilador mecânico ajustado com dois volumes correntes (VC) de 10 e 15 mL.kg-1 e complacência de 60 mL.cmH2O-1, foram utilizados dois modelos de tubos endotraqueais: um modificado (TETM) e outro convencional (TETC), números (#) 7,5 mm e 8,0 mm, para avaliar a eficiência da ventilação com o TETM. Realizou-se também a comparação entre os dois modelos, em porcos da raça Large-White, sob anestesia geral e VM por 48 horas consecutivas. Posteriormente, os animais foram sacrificados para análise histopatológica das traqueias. RESULTADOS: Ambos os TETMs (#7,5 e 8,0) apresentaram escape de ar no simulador pulmonar. O menor escape de ar (13%) foi observado no TETM #7,5 mm com VC = 15 mL.kg-1 e o maior (32%) no TETM #8,0 mm, com VC = 10 mL.kg-1. Apesar disso, ambos os TETMs apresentaram boa eficiência no simulador pulmonar. Na avaliação do uso dos TETs em animais com análise histopatológica de suas traqueias, verificou-se que o TETM causou menos áreas traumáticas em seu epitélio em comparação ao TETC. CONCLUSÕES: O uso de um novo modelo de TET poderá diminuir os riscos de lesão traqueal sem prejuízo à mecânica respiratória.
ISSN:1806-907X
DOI:10.1590/S0034-70942011000300006