A integralidade do Cuidado no Ensino na Área da Saúde: uma Revisão Sistemática

RESUMO O preparo de profissionais de saúde na perspectiva da integralidade e o interesse coletivo pela democratização da saúde motivam a transformação da realidade desarticulada e individualista do serviço. O cuidado inserido no conceito de integralidade permeia a teia de ações de saúde e efetiva a...

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Published inRevista brasileira de educação médica Vol. 41; no. 4; pp. 515 - 524
Main Authors Makuch, Débora Maria Vargas, Zagonel, Ivete Palmira Sanson
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Associação Brasileira de Educação Médica 01.12.2017
Associção Brasileira de Educação Médica
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Summary:RESUMO O preparo de profissionais de saúde na perspectiva da integralidade e o interesse coletivo pela democratização da saúde motivam a transformação da realidade desarticulada e individualista do serviço. O cuidado inserido no conceito de integralidade permeia a teia de ações de saúde e efetiva a articulação do ensino-serviço e a conexão entre saberes e fazeres no alcance de competências para a integralidade. O objetivo deste estudo é verificar sobre o que versam as publicações entre 2010 e junho de 2016 quanto à integralidade do cuidado no ensino na área da saúde. Optou-se pela revisão sistemática, conduzida pelo Prisma-P. Realizaram-se buscas de artigos nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e PubMed. Uma vez aplicados os critérios de inclusão e exclusão, resultaram 35 artigos, que foram avaliados por dois revisores à luz do Critical Appraisal Checklist for Interpretative and Critical Research (JBI Qari), totalizando 32 estudos incluídos nesta revisão. Da análise dos estudos emergiram quatro categorias: formação sob o eixo da integralidade, integralidade sob a perspectiva dos estudantes, integralidade sob a perspectiva dos docentes e ensino da integralidade do cuidado. Esta revisão sistemática possibilitou desenvolver um modelo conceitual de busca pela integralidade, o qual tem, de um lado, o ensino/formação por meio das instituições de ensino superior, e, do outro, os cenários de prática/serviços de saúde, onde se efetivam as ações de atenção à saúde. É essencial a articulação de propostas curriculares inovadoras com os princípios do Sistema Único de Saúde e políticas públicas de saúde, para dar sustentação à implementação de ações voltadas às necessidades da sociedade e, então, alcançar as competências dos profissionais de saúde com vistas à integralidade. Conforma-se o modelo em uma circularidade de ações que se justapõem e se entrecruzam, fortalecendo o processo de ensino--aprendizagem. Este modelo rompe com as ações isoladas, sem articulação do ensino e serviço, as quais tendem a enfraquecer as propostas e os resultados que se espera alcançar. Ações isoladas, muitas vezes, são implementadas com caráter de integralidade, porém atingem somente a superficialidade, sem entrelaçar ações que resultem em cuidado integral. Conclui-se que a integralidade se consolida pela edificação de práticas profissionais cotidianas eficazes, transversalidade nas práticas dos profissionais e como princípio educativo na formação.
ISSN:1981-5271
DOI:10.1590/1981-52712015v41n4rb20170031