A REGIÃO DE FRONTEIRA SÃO BORJA-BRASIL/SANTO TOMÉ-ARGENTINA: AS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS TRADICIONAIS PÓS CONSTRUÇÃO DA PONTE DA INTEGRAÇÃO (1994-1997)

A área de fronteira São Borja-Brasil/Santo Tomé-Argentina possui, desde o período reducional (século XVI), uma relação marcada por processos de câmbios culturais, sociais, e econômicos. Essa fronteira possui como limite o rio Uruguai, corpo d’água que foi de grande importância para as comunicações c...

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Published inRedes (Santa Cruz do Sul, Brazil) Vol. 20; no. 3; pp. 303 - 331
Main Authors Pinto, Muriel, Colvero, Ronaldo Bernardino
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published 12.11.2015
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Summary:A área de fronteira São Borja-Brasil/Santo Tomé-Argentina possui, desde o período reducional (século XVI), uma relação marcada por processos de câmbios culturais, sociais, e econômicos. Essa fronteira possui como limite o rio Uruguai, corpo d’água que foi de grande importância para as comunicações culturais, comércio da erva-mate, acesso na Guerra do Paraguai, e para as práticas ribeirinhas na atualidade. No ano de 1997, foi construída, na fronteira, a ponte da Integração. Até então, o translado era via balsa. A trajetória histórica regional permitiu que fossem constituídas diversas práticas sociais, elementos culturais e identidades fronteiriças. O estudo proposto centrou-se em analisar as relações socioculturais da fronteira, voltando-se para a interpretação das articulações políticas durante o período de construção da ponte da Integração, das representações sociais e das identidades socioterritoriais. Para tanto, realizou-se análise de conteúdo jornalístico, da historiografia regional e das práticas socioculturais da porção brasileira da região fronteiriça em estudo. O artigo instiga pensar a fronteira como uma região porosa e seletiva, que se caracteriza por uma identidade fronteiriça marcada por câmbios culturais missioneiros, gaúchos e ribeirinhos.
ISSN:1414-7106
1982-6745
1982-6745
DOI:10.17058/redes.v20i3.3412