Anatomia do monstro: o vitupério de Francisco José Freire ao poema tragicômico

Francisco José Freire (1719-1773), conhecido como Cândido Lusitano, no tratado Arte poetica, ou Regras da Verdadeira Poesia em geral, e de todas as suas especies principaes, tratadas com juizo critico (ed. 1748; 2ª ed. 1759), censura a tragicomédia como gênero de poema misto, vicioso, nem trágico ne...

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Published inGragoatá Vol. 23; no. 47; pp. 947 - 970
Main Author Pinto, Rodrigo Gomes de OLiveira
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 29.12.2018
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Summary:Francisco José Freire (1719-1773), conhecido como Cândido Lusitano, no tratado Arte poetica, ou Regras da Verdadeira Poesia em geral, e de todas as suas especies principaes, tratadas com juizo critico (ed. 1748; 2ª ed. 1759), censura a tragicomédia como gênero de poema misto, vicioso, nem trágico nem cômico, sem proporção e sem unidade, e condena como má poesia Il Pastor Fido, tragicomédia pastoral de Giovanni Battista Guarini (1538-1612), cuja edição príncipe data de 1590. Essa censura do gênero e do afamado poema italiano funda-se na metáfora do monstrum, apresentada nos passos iniciais (vv. 14-31) da Epistula ad Pisones, a Arte Poética de Horácio (séc. I a.C.). Esta obra fornece a Francisco José Freire os critérios de julgamento do fazer poético no século XVIII lusitano.---DOI: http://dx.doi.org/10.22409/gragoata.2018n47a1160
ISSN:1413-9073
2358-4114
DOI:10.22409/gragoata.v23i47.33611