Políticas educacionais e a adaptação de estudantes indígenas ao Ensino Remoto de Emergência um estudo no ensino superior

A pandemia da COVID-19 desmontou subitamente o sistema de ensino e revelou profundas fragilidades das políticas públicas para antever e reagir a imprevistos. Considerando esse aspecto, o objetivo deste estudo é identificar os fatores e classificar os estudantes universitários indígenas no que concer...

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Published inRevista Eniac Pesquisa Vol. 12; no. 2; pp. 313 - 333
Main Authors Fonseca, Virgínia Braga, Tembé, Alenilton Teixeira, Mattos, Carlos André Corrêa de, Barros, Luís Alberto Monteiro de, Schimith, Cristiano Descovi
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published 01.10.2023
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Summary:A pandemia da COVID-19 desmontou subitamente o sistema de ensino e revelou profundas fragilidades das políticas públicas para antever e reagir a imprevistos. Considerando esse aspecto, o objetivo deste estudo é identificar os fatores e classificar os estudantes universitários indígenas no que concerne à adaptação ao Ensino Remoto de Emergência (ERE). Para tanto, foi feita uma survey exploratória e descritiva, com amostragem não probabilística por acessibilidade, que contou com a participação de 102 dos 305 estudantes indígenas da Universidade Federal do Pará, Brasil. Os dados obtidos com questionários digitais foram tratados com técnicas quantitativas na forma de estatística descritiva, correlacional e multivariada (análise fatorial exploratória e análise de agrupamentos). Os resultados evidenciaram três fatores que explicaram 64,63% da variância dos dados e foram denominados como “Organização nos estudos” (25,59%), “Local de estudos” (25,29%) e “Utilização de tecnologia” (13,75%). A análise de agrupamentos identificou três grupos entre os respondentes com diferentes características, mas que de maneira geral mostraram estudantes organizados, bem adaptados à utilização de tecnologias, porém com limitações quanto ao local de estudos aspecto que confere maior ênfase as ações de apoio estudantil. As conclusões reforçam a necessidade de aprimorar as políticas de assistência estudantil direcionadas para grupos minoritários e recomendam avaliações futuras para mesurar, além da aprendizagem, a taxa de evasão e de readaptação dos estudantes indígenas às atividades presenciais nas instituições de ensino superior.
ISSN:2316-2341
2316-2341
DOI:10.22567/rep.v12i2.948