Sialorressonância: análise crítica de 5 casos com comparação com a sialografia convencional e revisão da literatura

• Published in: Delos (Málaga) Vol. 17; no. 60; p. e2317
• Main Authors: Ruppen, Ian Caldeira, Araújo, Jamile Diogo de, Pugliese, Fernanda Romagnole, Otani, Leandro Hideki, Gargago, Lorena Lima, Cruz, Geórgia Verona, Otani, Felicia Satie Ibuki, Gallina, Mariane Zancanaro
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 21.10.2024
• ISSN: 1988-5245; 1988-5245
• DOI: 10.55905/rdelosv17.n60-100

A sialografia convencional, descrita em 1921, envolve a canulação do ducto salivar e a injeção retrógrada de meio de contraste para visualizar o ducto principal e suas ramificações. Apesar de sua eficácia na avaliação de cálculos e estenoses, o procedimento apresenta riscos como falha na cateterização, trauma, dor, infecção e, raramente, reação ao contraste. Em contraste, a sialorressonância, introduzida no final dos anos 90, utiliza imagens ponderadas em T2 para criar contraste entre a saliva e os tecidos adjacentes, evitando canulação e radiação ionizante. Ela permite avaliação multiplanar dos ductos e é útil em pacientes com infecção. Diferentes métodos de aquisição foram descritos, incluindo sequências como T2 single-Shot FSE e CISS, além do uso de sialogogos para otimização das imagens. A sialorressonância tem mostrado eficácia significativa na detecção de sialolitíase e estenose, com estudos indicando alta sensibilidade e especificidade, particularmente para a síndrome de Sjögren. A técnica pode ser uma alternativa valiosa à sialografia convencional, especialmente em casos onde a sialografia tradicional é tecnicamente desafiadora ou apresenta complicações. Embora a sialografia convencional ofereça maior resolução, a sialorressonância proporciona um exame menos invasivo e eficaz em determinadas situações, como na avaliação da síndrome de Sjögren e em casos selecionados de cálculos, com a ressalva de que a precisão pode variar conforme a patologia e o método utilizado.