Correlação entre a gravidade da doença degenerativa lombar e o alinhamento espinopélvico

Resumo Objetivo  Avaliar o impacto da graduação da doença degenerativa lombar (DDL) sobre o alinhamento sagital espinopélvico. Métodos  Ao todo, 130 pacientes (dade média: 57 anos; 75% do sexo feminino) com dor lombar associada a DDL foram prospectivamente incluídos. A gravidade da DDL foi definida...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inRevista brasileira de ortopedia Vol. 57; no. 1; pp. 041 - 046
Main Authors Pratali, Raphael de Rezende, Battisti, Raphael, Oliveira, Carlos Eduardo Algaves Soares de, Maranho, Daniel Augusto Carvalho, Herrero, Carlos Fernando P. S.
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil Thieme Revinter Publicações Ltda 01.02.2022
Subjects
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:Resumo Objetivo  Avaliar o impacto da graduação da doença degenerativa lombar (DDL) sobre o alinhamento sagital espinopélvico. Métodos  Ao todo, 130 pacientes (dade média: 57 anos; 75% do sexo feminino) com dor lombar associada a DDL foram prospectivamente incluídos. A gravidade da DDL foi definida pelos seguintes achados nas radiografias anteroposterior e de perfil da coluna lombar: osteofitose; perda de altura do disco intervertebral; esclerose na placa vertebral terminal; número de segmentos afetados; deformidades; e instabilidade objetiva. Os pacientes foram graduados segundo a DDL da seguinte maneira: grau 0–ausência de sinais de DDL na coluna lombar; grau I – sinais de DDL em até dois segmentos; grau II – envolvimento em três ou mais segmentos; grau III – quando associada a escoliose, espondilolistese ou laterolistese. Parâmetros radiográficos espinopélvicos, como incidência pélvica (IP), lordose lombar (LL), discrepância entre a IP e a LL (IP-LL), versão pélvica (VP), e eixo vertical sagital (EVS) foram analisados de acordo com os graus de DDL. Resultados  Houve diferença nos parâmetros radiográficos comparando-se os graus de DDL, com os pacientes de grau III apresentando maiores valores de EVS ( p  = 0,001) e VP ( p  = 0,0005), o que denota maior inclinação anterior do tronco e maior retroversão pélvica do que os pacientes de graus 0 e I. Pacientes de grau III também apresentaram maiores valores de IP-LL, o que denota perda da lordose relativa ao valor da IP, do que pacientes grau I ( p  = 0,04). Conclusão  Pacientes com DDL mais grave demonstraram uma tendência a maior desalinhamento sagital espinopélvico comparados com pacientes com graus mais leves. Abstract Objective  To evaluate the impact of the severity of lumbar degenerative disease (LDD) on sagittal spinopelvic alignment. Methods  In total, 130 patients (mean age: 57 years; 75% female) with LDD-associated low-back pain were prospectively included. The severity of the LDD was defined by the following findings on anteroposterior and lateral lumbar spine radiographs: osteophytosis; loss of of height of the intervertebral disc; terminal vertebral plate sclerosis; number of affected segments; deformities; and objective instability. The disease was classified as follows: grade 0–absence of signs of LDD in the lumbar spine; grade I – signs of LDD in up to two segments; grade II – three or more segments involved; grade III – association with scoliosis, spondylolisthesis, or laterolisthesis. Spinopelvic radiographic parameters, including pelvic incidence (PI), lumbar lordosis (LL), discrepancy between the PI and LL (PI-LL), pelvic tilt (PT), and sagittal vertical axis (SVA), were analyzed according to the LDD grades. Results  The radiographic parameters differed according to the LDD grades; grade-III patients presented higher SVA ( p  = 0.001) and PT ( p  = 0.0005) values, denoting greater anterior inclination of the trunk and pelvic retroversion when compared to grade-0 andgrade-I subjects. In addition, grade-III patients had higher PI-LL values, which indicates loss of PI-related lordosis, than grade-I subjects ( p  = 0.04). Conclusion  Patients with more severe LDD tend to present greater spinopelvic sagittal misalignment compared to patients with a milder disease.
ISSN:0102-3616
1982-4378
DOI:10.1055/s-0041-1729579