Avaliação sazonal dos efeitos do enriquecimento por N e P sobre o perifíton em represa tropical rasa mesotrófica (Lago das Ninféias, São Paulo)

• Published in: OBSERVATÓRIO DE LA ECONOMÍA LATINOAMERICANA Vol. 22; no. 7; p. e6013
• Main Authors: Fermino, Fabiana Schumacher, Bicudo, Denise de Campos
• Format: Journal Article
• Language: English
• Published: 25.07.2024
• ISSN: 1696-8352; 1696-8352
• DOI: 10.55905/oelv22n7-288

Foi avaliada a limitação de nutrientes sobre o perifíton em represa rasa mesotrófica em quatro épocas do ano (primavera, verão, outono e inverno) a partir de enriquecimentos isolado e combinado por N e P. Quatro tratamentos foram delineados utilizando substrato difusor de nutrientes (copos de poliestireno, preenchidos com solução Agar e nutrientes – controle: sem adição de nutrientes; N+: 0,75 M; P+: 0,05 M; NP+: adição combinada dos dois sais, razão molar N:P = 15). A abertura dos copos foi revestida com malha de 20 µm como substrato. Coletas foram realizadas aos 15o, 20o, 25o e 30o dias de colonização. Análise de Coordenadas Principais indicou forte associação entre a adição de fósforo e, principalmente, adição combinada com as maiores densidades de algas, clorofila-a e conteúdo de fósforo do perifíton, bem como dos tratamentos sem adição de fósforo com a razão N:P da comunidade. Exceto à massa orgânica, os demais atributos do perifíton foram bons indicadores da limitação. A composição química do perifíton (%P, %N, razão N:P) foi decisiva na definição da limitação. O fósforo foi o nutriente limitante ao longo do ano e, dependendo do atributo, foi considerado como nutriente limitante, limitante primário ou co-limitado pelo nitrogênio. Na maioria das vezes, os atributos apontaram limitação primária por fósforo, sendo esta limitação mais branda na primavera. No inverno, outros fatores controladores, além dos nutrientes, influenciaram a comunidade. Este estudo reforça o uso do perifíton como sensor da eutrofização em sistemas rasos.