PATIENT-CITIZEN-CONSUMERS: JUDICIALIZATION OF HEALTH AND METAMORPHOSIS OF BIOPOLITICS
Abstract Situated at the meeting points of Law and Medicine, the "judicialization of the right to health" is a contested and hotly debated phenomenon in Brazil. While government officials and some scholars argue that it is driven by urban elites and private interests, and used primarily to...
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Published in | Lua nova no. 98; pp. 77 - 105 |
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Main Author | |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
Sao Paulo
CEDEC
01.08.2016
Centro de Estudos de Cultura Contemporânea, CEDEC |
Subjects | |
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Summary: | Abstract Situated at the meeting points of Law and Medicine, the "judicialization of the right to health" is a contested and hotly debated phenomenon in Brazil. While government officials and some scholars argue that it is driven by urban elites and private interests, and used primarily to access high-cost drugs, empirical evidence refute narratives depicting judicialization as a harbinger of inequity and an antagonist of the public health system. This article's quantitative and ethnographic analysis suggests, instead, that low- -income people are working through the available legal mechanisms to claim access to medical technologies and care, turning the Judiciary into a critical site of biopolitics from below. These patient-citizen-consumers are no longer waiting for medical technologies to trickle down, and judicialization has become a key instrument to hold the State accountable for workable infrastructures.
Resumo Situada na convergência entre direito e medicina, a "judicialização do direito à saúde" é um fenômeno contencioso que tem gerado debates acalorados no Brasil. Enquanto agentes públicos e alguns acadêmicos sustentam que ela é dirigida por elites urbanas e interesses privados e é acionada, primordialmente, para acessar medicamentos de alto custo, evidências empíricas refutam narrativas que descrevem a judicialização como um indicador de desigualdade e um antagonista do sistema público de saúde. A análise quantitativa e etnográfica deste artigo sugere, em vez disso, que pessoas de baixa renda trabalham, por meio de mecanismos legais disponíveis, para reivindicar o acesso a cuidados e tecnologias médicas, tornando o Judiciário um espaço crítico para articulação de uma biopolítica de base. Esses pacientes-cidadãos-consumidores não mais esperam que as tecnologias médicas se redistribuam gradativamente, e a judicialização se tornou um instrumento essencial para a responsabilização do Estado por infraestruturas eficazes. |
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ISSN: | 0102-6445 0102-6445 1807-0175 |
DOI: | 10.1590/0102-6445077-105/98 |