O SUS fora do armário: concepções de gestores municipais de saúde sobre a população LGBT

As iniquidades sociais são determinantes que inviabilizam a garantia do acesso integral à saúde, afetando também a comunidade lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual (LGBT). Esta pesquisa buscou investigar as dimensões do cuidado em saúde para a população LGBT no que compete à gestão dos serv...

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Published inSaúde e sociedade Vol. 27; no. 4; pp. 1120 - 1133
Main Authors Gomes, Sávio Marcelino, Sousa, Luciana Maria Pereira de, Vasconcelos, Thaissa Machado, Nagashima, Alynne Mendonça Saraiva
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Sao Paulo Universidade de Sao Paulo, Faculdade de Saude Publica 01.10.2018
Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. Associação Paulista de Saúde Pública
Universidade de São Paulo
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Summary:As iniquidades sociais são determinantes que inviabilizam a garantia do acesso integral à saúde, afetando também a comunidade lésbica, gay, bissexual, travesti e transexual (LGBT). Esta pesquisa buscou investigar as dimensões do cuidado em saúde para a população LGBT no que compete à gestão dos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) no município de Cuité (PB). Para isso, adotou-se a abordagem qualitativa, através da realização de entrevistas semiestruturadas em profundidade, que foram posteriormente transcritas e analisadas a partir do método de análise de conteúdo. A análise permitiu depreender duas categorias empíricas, sendo elas: (1) “babado, confusão e gritaria”: divergências, discordâncias e desconhecimentos sobre a população LGBT, dividida em duas subcategorias que abordam o olhar das gestoras sobre a comunidade LGBT e também suas demandas, respectivamente; e (2) caminhos e desvios rumo à integralidade da saúde LGBT: fragilidades, potencialidades e perspectivas do processo, também dividida em subcategorias sobre a responsabilização das gestoras e sobre as estratégias identificadas. As gestoras apresentaram pouco conhecimento acerca das demandas e estratégias para a população LGBT e não se percebiam enquanto atores responsáveis pelo cuidado com esse público, contribuindo para a fragilidade e para a desarticulação da rede de atenção no que tange à comunidade LGBT.
ISSN:0104-1290
1984-0470
1984-0470
DOI:10.1590/S0104-12902018180393