Preditores da síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem de unidade de terapia intensiva durante a pandemia da COVID-19

RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência e a existência de fatores preditores da síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem que atuam em unidade de terapia intensiva (UTI) durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal e abordagem quantitativa com...

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Published inJornal Brasileiro de Psiquiatria Vol. 70; no. 1; pp. 12 - 20
Main Authors Freitas, Ronilson Ferreira, Barros, Ione Medeiros de, Miranda, Marco Antônio Freitas, Freitas, Tahiana Ferreira, Rocha, Josiane Santos Brant, Lessa, Angelina do Carmo
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Universidade Federal do Rio de Janeiro 01.03.2021
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Summary:RESUMO Objetivo: Avaliar a prevalência e a existência de fatores preditores da síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem que atuam em unidade de terapia intensiva (UTI) durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal e abordagem quantitativa com 94 técnicos de enfermagem de terapia intensiva. Os instrumentos utilizados foram: um formulário de coleta de dados sociodemográficos, ocupacionais e comportamentais e o Maslach Burnout Inventory (MBI) em sua versão Human Services Survey (HSS). A associação entre as variáveis estudadas e a prevalência da síndrome de Burnout foi verificada por análise bivariada seguida de regressão de Poisson hierarquizada, com variância robusta. Resultados: Observou-se uma prevalência da síndrome em 25,5% da amostra analisada. As variáveis que, após análise múltipla, se mostraram como preditores associados a maior prevalência de síndrome de Burnout foram: idade > 36 anos, realizar hora extra, considerar a carga horária de trabalho rígida e ser etilista. Conclusão: Conclui-se que a prevalência da síndrome de Burnout em técnicos de enfermagem que atuam em UTIs e que estão na linha de frente na pandemia da COVID-19 foi alta e fatores sociodemográficos, ocupacionais e comportamentais se mostraram como preditores da síndrome. ABSTRACT Objective: To evaluate the prevalence and existence of predictive factors for Burnout syndrome in nursing technicians who work in an intensive care unit during the COVID-19 pandemic. Methods: This is a descriptive, cross-sectional study with a quantitative approach with 94 intensive care nursing technicians. The instruments used were: a form for collecting sociodemographic, occupational, behavioral data and the Maslach Burnout Inventory (MBI) in its Human Services Survey (HSS) version. The association between the variables studied and the prevalence of Burnout syndrome was verified by bivariate analysis followed by hierarchical Poisson regression, with robust variance. Results: It observed a prevalence of the syndrome in 25.5% of the analyzed sample. The variables that, after multiple analysis, showed themselves as predictors associated with the higher prevalence of Burnout syndrome were: age > 36 years, working overtime, considering the workload as rigid and being alcoholic. Conclusion: It is concluded that the prevalence of Burnout syndrome in nursing technicians who work in intensive care units and who are in the front line in the COVID-19 pandemic was high and sociodemographic, occupational and behavioral factors were shown as predictors of the syndrome.
ISSN:0047-2085
1982-0208
DOI:10.1590/0047-2085000000313