Uso da anticoncepção de emergência entre mulheres usuárias de Unidades Básicas de Saúde em três capitais brasileiras

Resumo Pouco se sabe sobre o uso da anticoncepção de emergência entre mulheres de diferentes regiões do país. Este estudo analisou o uso da anticoncepção de emergência e os aspectos associados, bem como o uso de métodos contraceptivos antes e após. Trata-se de estudo transversal, conduzido com 2.051...

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Published inCiência & saude coletiva Vol. 26; no. suppl 2; pp. 3671 - 3682
Main Authors Borges, Ana Luiza Vilela, Gonçalves, Renata Ferreira Sena, Chofakian, Christiane Borges do Nascimento, Nascimento, Natália de Castro, Figueiredo, Regina Maria Mac Dowell de, Fujimori, Elizabeth, Santos, Osmara Alves dos, Divino, Eveline Do Amor
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published Rio de Janeiro Associação Brasileira de Saúde Coletiva 2021
ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva
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Summary:Resumo Pouco se sabe sobre o uso da anticoncepção de emergência entre mulheres de diferentes regiões do país. Este estudo analisou o uso da anticoncepção de emergência e os aspectos associados, bem como o uso de métodos contraceptivos antes e após. Trata-se de estudo transversal, conduzido com 2.051 mulheres de 18-49 anos, usuárias de 76 Unidades Básicas de Saúde de São Paulo-SP, Aracaju-SE e Cuiabá-MT. Os aspectos associados ao uso da anticoncepção de emergência foram analisados por meio de regressão logística múltipla. Mais da metade das mulheres relatou já ter usado a anticoncepção de emergência (56,7%). Ter alta escolaridade, ser de grupo socioeconômico mais favorecido, ter trabalho remunerado e ter tido quatro ou mais parceiros sexuais associou-se com uso de anticoncepção de emergência. Ter 35 anos de idade ou mais e estar em união estável associou-se negativamente. Da última vez que usaram a anticoncepção de emergência, 53,2% usavam outro método, sendo preservativo masculino e pílula oral os mais frequentes. Das que não usavam método, metade adotou método regular após o uso (51,7%). Conclui-se que a anticoncepção de emergência é amplamente utilizada e parece não contribuir para interrupção do método contraceptivo de uso regular. Abstract Little is known regarding the use of emergency contraception among women from different regions of Brazil. The use of emergency contraception as well as contraceptive methods before and after coitus was analyzed. This cross-sectional study assessed the use of emergency contraception by interviewing 2,051 women aged between 18 and 49 attending 76 basic health units in three capitals: São Paulo-SP, Aracaju-SE and Cuiabá-MT. Aspects associated with the use of emergency contraception were analyzed by means of multiple logistic regression. Over half of the women reported the use of emergency contraception (56.7%). Having a high level of education, being from a more privileged socioeconomic group, having a paid job and having had four or more sexual partners were associated with the use of emergency contraception. Being 35 years of age or older and being in a stable relationship was negatively associated. The last time they used emergency contraception, 53.2% used another method, with the male condom and oral pill being the most frequent. Of those who did not use the method, half adopted the regular method after using it (51.7%). The conclusion drawn is that emergency contraception is widely used and does not appear to affect the use of the regular contraceptive method.
ISSN:1413-8123
1678-4561
1678-4561
DOI:10.1590/1413-81232021269.2.32772019