Mortalidade por doenças tropicais negligenciadas no Brasil no século XXI: análise de tendências espaciais e temporais e fatores associados

Objetivo. Analisar a distribuição espaço-temporal e os fatores associados à mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil de 2000 a 2019. MÉtodo. Estudo ecológico que analisou os óbitos por DTNs registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para a análise temporal...

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Published inRevista panamericana de salud pública Vol. 47; no. 146; pp. 1 - 10
Main Authors Rocha, Maria Izabel Félix, Maranhão, Thatiana Araujo, da Frota, Maria Madalena Cardoso, de Araujo, Thalis Kennedy Azevedo, Veras e Silva, Wady Wendler Soares, Sousa, George Jó Bezerra, Duarte Pereira, Maria Lúcia, de Araujo Filho, Augusto Cezar Antunes
Format Journal Article
LanguagePortuguese
English
Published Washington Pan American Health Organization (Organizacion Panamericana de la Salud) 24.10.2023
Organización Panamericana de la Salud
Pan American Health Organization
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Summary:Objetivo. Analisar a distribuição espaço-temporal e os fatores associados à mortalidade por doenças tropicais negligenciadas (DTNs) no Brasil de 2000 a 2019. MÉtodo. Estudo ecológico que analisou os óbitos por DTNs registrados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Para a análise temporal, utilizou-se o método joinpoint . A dependência espacial foi analisada pelos índices de Moran global e local e Getis-Ord Gi*. Quatro modelos de regressão não espacial e espacial foram usados para identificar fatores associados ao óbito. Resultados. A taxa média de mortalidade por DTNs no Brasil foi de 3,32 óbitos/100 000 habitantes no período considerado, com a maior taxa (8,68 óbitos/100 000 habitantes) observada no Centro-Oeste. As causas mais prevalentes de morte foram doença de Chagas (n = 94 781; 74,9%) e esquistossomose (n = 10 271; 8,1%). Houve redução de 1,24% (IC95% = -1,6; - 0,9; P < 0,001) ao ano da mortalidade por DTNs no Brasil. Observou-se padrão alto/alto de distribuição espacial e hotspots em municípios dos estados de Goiás, Minas Gerais, Bahia, Tocantins e Piauí. Os indicadores “população em domicílios com densidade > 2 habitantes por dormitório” (β = -0,07; P = 0,00) e “índice de desenvolvimento humano municipal” (β = -3,36; P = 0,08) associaram-se negativamente ao desfecho, enquanto o indicador “índice de vulnerabilidade social” (β = 2,74; P = 0,05) associou-se positivamente ao desfecho. Conclusão. Quanto menor o desenvolvimento humano e maior a vulnerabilidade social, maior é a mortalidade por DTNs, o que deve direcionar as ações de prevenção e controle das DTNs.
ISSN:1020-4989
1680-5348
DOI:10.26633/RPSP.2023.146