Tendência da Mortalidade por Doenças Cerebrovasculares no Brasil (1996-2015) e Associação com Desenvolvimento Humano e Vulnerabilidade Social
Resumo Fundamento As doenças cerebrovasculares (DCBV) constituem a segunda causa de mortes no mundo. Objetivo Analisar a tendência da mortalidade por DCVB no Brasil (1996-2015) e associação com o índice de desenvolvimento humano (IDH) e o índice de vulnerabilidade social (IVS). Métodos Trata-se de e...
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Published in | Arquivos brasileiros de cardiologia Vol. 116; no. 1; pp. 89 - 99 |
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Main Authors | , , , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English Portuguese |
Published |
Sociedade Brasileira de Cardiologia - SBC
27.01.2021
Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) |
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Summary: | Resumo Fundamento As doenças cerebrovasculares (DCBV) constituem a segunda causa de mortes no mundo. Objetivo Analisar a tendência da mortalidade por DCVB no Brasil (1996-2015) e associação com o índice de desenvolvimento humano (IDH) e o índice de vulnerabilidade social (IVS). Métodos Trata-se de estudo ecológico envolvendo as taxas de mortalidade padronizadas por DCBV. Os dados dos óbitos foram obtidos do Sistema de Informações sobre Mortalidade e os dados populacionais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para as análises temporais, foi utilizado o modelo de regressão por pontos de inflexão, sendo calculado o percentual de variação anual (annual percent change [APC]) e médio do período (average annual percent change [AAPC]), com intervalo de confiança de 95% e significância de 5%. As tendências foram classificadas em crescente, decrescente ou estacionária. O modelo de regressão multivariada foi utilizado para testar a associação entre a mortalidade por DCBV, IDH e IVS. Resultados Foram registrados 1.850.811 óbitos por DCBV no período estudado. Observou-se redução da taxa de mortalidade nacional (APC: -2,4; p = 0,001). Vinte unidades federativas apresentaram tendências significativas, sendo 13 de redução, incluindo todos das regiões Centro-Oeste (n = 4), Sudeste (n = 4) e Sul (n = 3). O IDH teve associação positiva e o IVS, associação negativa com a mortalidade (p = 0,046 e p = 0,026, respectivamente). Conclusão O estudo mostrou comportamento epidemiológico desigual da mortalidade entre as regiões, sendo maior nos estados do Sudeste e Sul, porém com tendência significativa de redução, e menor nos estados do Norte e Nordeste, mas com tendência significativa de crescimento. O IDH e o IVS associaram-se com a mortalidade. (Arq Bras Cardiol. 2021; 116(1):89-99) |
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Bibliography: | Concepção e desenho da pesquisa estudo: Souza CDF, Santos CD, Pereira MC, Paiva JPS, Leal TC, Silva LF, Araújo AKBF; Obtenção dos dados: Souza CDF, Silva LF, Mariano RS, Paiva JPS; Análise e interpretação dos dados, Redação do manuscrito e Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Souza CDF, Santos CD, Pereira MC, Paiva JPS, Leal TC, Silva LF, Araújo AKBF, Baggio JAO, Oliveira DJ, Mariano RS; Análise estatística: Souza CDF, Silva LF. Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Contribuição dos autores Potencial conflito de interesses |
ISSN: | 0066-782X 1678-4170 1678-4170 |
DOI: | 10.36660/abc.20190532 |