O babaçu (Orbignya phalerata martins) como provável fator de risco de infecção humana pelo agente da cromoblastomicose no Estado do Maranhão, Brasil

• Published in: Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical Vol. 28; no. 1; pp. 49 - 52
• Main Authors: Silva, Conceição de Maria P. e, Rocha, Raquel M. da, Moreno, Janise S., Branco, Maria dos Remédios F. C., Silva, Raimunda R., Marques, Sirley G., Costa, Jackson Maurício L.
• Format: Journal Article
• Language: Portuguese; English
• Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical - SBMT 01.03.1995; Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)
• Subjects: Babaçu; Cromoblastomicose; Estado do Maranhão; Fonsecaea pedrosoi; TROPICAL MEDICINE; Babaçu coconut; Fonsecae pedrosoi; Babaçu; Chromoblastomycosis; Fonsecaea pedrosoi; Estado do Maranhão; Cromoblastomicose
• ISSN: 1678-9849
• DOI: 10.1590/S0037-86821995000100009

Após estudo de 30pacientes portadores de cromoblastomicose, acompanhados no hospital dos servidores do Estado do Maranhão, verificou-se em 2 (6,6%) lesões ná região glútea, diferindo do que geralmente se observa, pois na cromoblastomicose existe sempre história de microtraumatismo sofridos durante o trabalho na lavoura, propiciando o desenvolvimento mais freqüente das lesões nas extremidades, principalmente dos membros inferiores. Ambos pacientes, doentes há 10 anos, apresentavam lesões nodulares e verrugo-confluentes em placas coalescentes na região glútea direita. O diagnóstico etiológico foi firmado através de exame histopatológico e cultura, com isolamento de Fonsecaea pedrosoi. Na investigação epidemiológica do tipo de exposição verificou-se que os mesmos desempenhavam a profissão de quebradores de coco-babaçu, atividade relativamente comum no Estado. Parece evidente a relação entre o tipo de atividade profissional e o desenvolvimento da infecção.