Sífilis no estado de São Paulo, Brasil, 2011‒2017

RESUMO: Objetivo: Analisar a evolução, de 2011 a 2017, das taxas de detecção de sífilis notificada por sexo, faixa etária e região de residência no estado de São Paulo (ESP). Métodos: Foi organizada série histórica com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram descritas...

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Published inRevista brasileira de epidemiologia Vol. 23
Main Authors Luppi, Carla Gianna, Tayra, Angela, Domingues, Carmen Silvia Bruniera, Gomes, Solange Eduardo Chabu, Pinto, Valdir Monteiro, Silva, Maria Aparecida da, Silva, Roberto José Carvalho da, Tancredi, Mariza Vono
Format Journal Article
LanguageEnglish
Portuguese
Published Associação Brasileira de Pós -Graduação em Saúde Coletiva 2020
Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
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Summary:RESUMO: Objetivo: Analisar a evolução, de 2011 a 2017, das taxas de detecção de sífilis notificada por sexo, faixa etária e região de residência no estado de São Paulo (ESP). Métodos: Foi organizada série histórica com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram descritas as taxas de detecção de sífilis adquirida (TDSA) e de sífilis adquirida incluindo as gestantes com sífilis (TDSAG), por 100.000 hab. Para análise de tendência da evolução das taxas no período estudado, foi empregado o modelo Jointpoint (ponto de inflexão), bem como foram estimadas a variação percentual anual (VPA) por segmento e a média da variação percentual anual (MVPA), com os respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). Resultados: Foram notificados 205.424 casos de sífilis adquirida e sífilis em gestantes no período. Entre 2011 e 2017, a TDSA por 100 mil habitantes variou de 26,0 a 84,6 e a TDSAG por 100 mil habitantes, de 33,7 a 108,9; a tendência foi crescente em ambas as curvas e identificou-se um ponto de inflexão dividindo a curva de TDSA e de TDSAG em dois períodos: de 2011 a 2013 e de 2013 a 2017. A MVPA encontrada da TDSA foi de 21,0% (IC95% 15,7 ‒ 26,4) e da TDSAG, de 21,2% (IC95% 16,4 ‒ -26,1). Nas faixas etárias até 24 anos ocorreu crescimento expressivo em ambos os sexos. Observou-se heterogeneidade na evolução das taxas segundo região do Estado. Conclusões: A tendência crescente das taxas de detecção de sífilis adquirida pode ser atribuída a melhor adesão à notificação e ao acometimento desproporcional dos jovens. ABSTRACT: Objective: To analyze how syphilis detection rates evolved from 2011 to 2017 according to sex, age and place of residence in the state of São Paulo. Methods: A historical series was organized with data from the Notification Disease Information System. The acquired syphilis detection rates (ASDR) per 100,000 inhabitants and the acquired syphilis detection rates including pregnant women with syphilis (PASDR) per 100,000 inhabitants were described. For a trend analysis of the rates in the studied period, the Poisson Jointpoint (inflection point) model was performed, and the annual percentage change (APC) per segment and the average annual percentage change (AAPC) were estimated, with respective 95% confidence intervals (95%CI). Results: A total of 205,424 cases of acquired syphilis and syphilis in pregnant women in the period were reported. The ASDR per 100,000 inhabitants ranged from 26.0 to 84.6 between 2011 and 2017 and the PASDR per 100,000 inhabitants ranged from 33.7 to 108.9; the trend was increasing in both, and an inflection point was identified dividing the ASDR and PASDR curve into two periods: 2011 to 2013 and 2013 to 2017: the AAPC found for ASDR was 21.0% (95%CI 15.5 ‒ 26.4) and the PASDR was 21.2% (95%CI 16.4 ‒ 26.1), in the age groups up to 24 years old, there was a significant growth in both sexes. A heterogeneity in the evolution of rates by region of the state was observed between 2011 and 2017. Conclusions: The increasing trend in acquired syphilis detection rates can be attributed to better adherence to notification and disproportionate involvement of young people.
ISSN:1415-790X
1980-5497
DOI:10.1590/1980-549720200103