Impacto financeiro das infecções nosocomiais em unidades de terapia intensiva em hospital filantrópico de Minas Gerais

OBJETIVO: As infecções nas unidades de terapia intensiva estão associadas a elevada morbidade e mortalidade, além de alto custo. A análise desses aspectos pode contribuir para a otimização de recursos financeiros relacionados. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, realizado por meio de análise de banco de...

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Published inRevista Brasileira de Terapia Intensiva Vol. 24; no. 4; pp. 357 - 361
Main Authors Nangino, Glaucio de Oliveira, Oliveira, Cláudio Dornas de, Correia, Paulo César, Machado, Noelle de Melo, Dias, Ana Thereza Barbosa
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Associação de Medicina Intensiva Brasileira 01.12.2012
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Summary:OBJETIVO: As infecções nas unidades de terapia intensiva estão associadas a elevada morbidade e mortalidade, além de alto custo. A análise desses aspectos pode contribuir para a otimização de recursos financeiros relacionados. MÉTODOS: Estudo retrospectivo, realizado por meio de análise de banco de dados de gestão hospitalar e qualidade em medicina intensiva (Sistema de Gestão Hospitalar - SGH) e RM Janus®. A análise dos gastos foi realizada por meio de avaliação dos medicamentos e materiais utilizados na assistência médica direta. Os valores obtidos foram em moeda nacional (Real). Foi realizada análise de gastos e permanência para toda amostra estudada. Utilizou-se a mediana para determinação dos gastos envolvidos. Os gastos foram ajustados pela permanência na unidade de terapia intensiva. RESULTADOS: A análise de 974 indivíduos mostrou que 51% eram do gênero masculino, e a idade média foi de 57±18,24 anos. A infecção nosocomial relacionada à unidade de terapia intensiva foi encontrada em 87 pacientes (8,9%). A mediana dos gastos por internação e permanência de toda amostra foi de R$ 1.257,53 e 3 dias, respectivamente. A comparação entre pacientes com infecção e sem infecção, por meio de medianas, mostrou maior permanência (15 [11-25] versus 3 [2-6] dias; p< 0,01), maior gasto por paciente em unidade de terapia intensiva (mediana R$9.763,78 [5.445,64-18.007,9] versus R$1.093,94 [416,14-2.755,90]; p<0,01) e maior gasto por dia de internação em unidade de terapia intensiva (R$618,00[407,81-838,69] versus R$359,00[174,59-719,12]; p<0,01). CONCLUSÃO: As infecções nosocomiais relacionadas à unidade de terapia intensiva foram determinantes de maior gasto e permanência, embora o modelo do estudo não permita a avaliação aspectos de causa efeito.
ISSN:0103-507X
1982-4335
DOI:10.1590/S0103-507X2012000400011