EVOLUÇÃO DA CONCENTRAÇÃO INIBITÓRIA MÍNIMA DE VANCOMICINA EM STAPHYLOCOCCUS AUREUS ISOLADOS DE HEMOCULTURA EM UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA PARA COVID-19 NO ESPÍRITO SANTO

Em estudos anteriores, a Concentração Inibitória Mínima (CIM) de Vancomicina foi associada ao pior prognóstico de pacientes com bacteremia causada por Staphylococcus aureus. Visto isso, a vigilância do perfil microbiológico dos hospitais faz-se necessária, sobretudo no contexto da pandemia por COVID...

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Published inThe Brazilian journal of infectious diseases Vol. 26; p. 101750
Main Authors Pinheiro, Kézia de Souza, Pereira, Maria Luiza Scardua, Gonçalves, Sarah Santos, Santana, Brunela, Valéria dos Santos, Kênia
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.01.2022
Elsevier
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Summary:Em estudos anteriores, a Concentração Inibitória Mínima (CIM) de Vancomicina foi associada ao pior prognóstico de pacientes com bacteremia causada por Staphylococcus aureus. Visto isso, a vigilância do perfil microbiológico dos hospitais faz-se necessária, sobretudo no contexto da pandemia por COVID-19, devido ao alto número de pacientes internados por períodos prolongados sujeitos a infecções secundárias. Nosso objetivo, então, foi descrever a distribuição da CIM de vancomicina antes e durante a pandemia em um hospital público do Espírito Santo. Os dados foram obtidos a partir dos relatórios do perfil de microrganismos e de susceptibilidade aos antimicrobianos emitidos pelo laboratório de microbiologia do referido hospital, sendo coletados através do sistema MV2000i retrospectivamente a partir de janeiro de 2018 até dezembro de 2020. Posteriormente, organizaram-se planilhas no Excel (Microsoft ® 360) para a análise descritiva. Foram selecionados apenas resultados de hemoculturas positivas para S. aureus cuja CIM é determinada por Etest. O projeto foi autorizado pelo Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi) e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Ufes (Parecer: 4.374.111). Em 2018 a CIM de vancomicina foi de 1 ou 2 μg/mL para a maioria dos isolados (87,4%). Especificamente, 0,5; 0,75; 1,0 e 2,0 µg/mL para 5,9%, 6,7%, 78,0% e 9,4% dos isolados, respectivamente. Já em 2019, observa-se um aumento da proporção de CIM = 2 μg/mL, correspondendo a 29,3% dos isolados sensíveis deste ano, enquanto os demais valores foram 8,5% (0,5 µg/mL), 18,3% (0,75 µg/mL) e 43,9% (1,0 µg/mL). Em 2020, por sua vez, a porcentagem de isolados com CIM = 2 µg/mL (8,4%) reduziu, mas a maioria persiste sendo igual ou maior a 1 µg/mL (74,8%). Visto que há uma relação entre o aumento da CIM e a falha terapêutica, conforme já descrito na literatura, a presença de S. aureus com CIM igual a 2 μg/mL sugere que os pacientes infectados por essas cepas apresentam maior probabilidade de sofrerem falha terapêutica com vancomicina. Ressalta-se, então, a importância da vigilância da ocorrência de CIM igual a 2 µg/mL nos hospitais, sendo necessário validar os resultados obtidos por meio da microdiluição, conforme previsto na continuidade deste estudo. ICEPi - SESA - Pró-reitoria de pesquisa e pós-graduação da UFES, CNPq.
ISSN:1413-8670
1678-4391
DOI:10.1016/j.bjid.2021.101750