Corpos, emoções e risco: vias de compreensão dos modos de ação individual e coletivo
Resumo Neste número da revista Sociologias, ao lado de “corpos e emoções”, soma-se a ideia de “risco” a fim de incorporar à reflexão sociológica o grau de incerteza no qual se desenrolam as relações sociais cotidianas. O corpo, do ponto de vista sociológico, é compreendido como signo das relações so...
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Published in | Sociologias Vol. 21; no. 52; pp. 20 - 32 |
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Main Authors | , |
Format | Journal Article |
Language | Portuguese |
Published |
Porto Alegre
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Programa de Pos-Graduacao em Sociologia
01.12.2019
Universidade Federal do Rio Grande do Sul |
Subjects | |
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Summary: | Resumo Neste número da revista Sociologias, ao lado de “corpos e emoções”, soma-se a ideia de “risco” a fim de incorporar à reflexão sociológica o grau de incerteza no qual se desenrolam as relações sociais cotidianas. O corpo, do ponto de vista sociológico, é compreendido como signo das relações sociais, que encerra um conjunto de representações da vida individual e coletiva, e que compõe uma gramática que se tornou objeto particular de uma sociologia especializada constituída contemporaneamente e que já consolidou diferentes frentes de pesquisa. As emoções, por sua vez, não estão separadas do seu suporte, seu veículo expressivo, o corpo. Estas, em sociologia ou antropologia, frutos da observação e análise das relações sociais, também não podem ser tratadas como substância, entidade que antecipa ou contradiz as ações humanas, mas sim como uma dimensão da vida afetiva que se modifica constantemente por conta da infinidade de possibilidades de interação humana. Nos interstícios dos corpos e das emoções, a noção de risco nos revela as incertezas da existência individual que sempre oscila entre a vulnerabilidade e a segurança, o impulso e a sensatez. A fim de desnaturalizar e relativizar tais noções, este dossiê apresenta artigos derivados de diferentes abordagens teóricas e metodológicas empreendidas por pesquisadores do Brasil, Argentina, México e França.
Résumé Dans ce numéro de Sociologias, à côté de « corps et émotions », la notion de « risque » est ajoutée afin d’intégrer dans la réflexion sociologique le degré d’incertitude dans lequel se développent les relations sociales quotidiennes. Le corps, du point de vue sociologique, est compris comme un signe de relations sociales, renfermant un ensemble de représentations de la vie individuelle et collective, composant une grammaire devenue un objet particulier d'une société spécialisée dans la sociologie contemporaine et ayant déjà consolidé différents fronts de recherche. Les émotions, à leur tour, ne sont pas séparées de leur soutien, de leur véhicule expressif, le corps. Celles-ci, en sociologie ou en anthropologie, issues de l'observation et de l'analyse des relations sociales, ne peuvent être traitées ni comme une substance, comme une entité anticipant ou contredisant les actions humaines, mais comme une dimension de la vie affective en perpétuelle mutation du fait de l'infini possibilités d'interaction humaine. Dans les interstices des corps et des émotions, la notion de risque nous révèle les incertitudes de l'existence individuelle qui oscillent toujours entre vulnérabilité et sécurité, force et sagesse. Afin de dénaturaliser et de relativiser ces notions, nous présentons des articles issus de différentes approches théoriques et méthodologiques entreprises par des chercheurs du Brésil, de l’Argentine, du Mexique et de la France.
Abstract In this issue of Sociologias, we bring discussions around “bodies and emotions”, adding the idea of “risk”, in order to incorporate into the sociological reflection the degree of uncertainty that daily social relations entail currently. The body, from the sociological point of view, is understood as a sign of social relations, encompassing a set of representations of both individual and collective life, which composes a grammar that constituted a particular subject of a specialized field of contemporary sociology that has consolidated different research strands. Emotions, in turn, are not separate from their support, their expressive vehicle, the body. These, in sociology or anthropology, while the fruit of observation and analysis of social relations, cannot be treated either as substance, entity that anticipates or contradicts human actions, but as a dimension of affective life that is constantly changing due to the infinite possibilities of human interaction. In the interstices of bodies and emotions, the notion of risk reveals to us the uncertainties of individual existence that always oscillate between vulnerability and security, impetus and judgment. In order to denaturalize and relativize such notions, this dossier presents articles that stem from different theoretical and methodological approaches undertaken by researchers from Brazil, Argentina, Mexico and France. |
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ISSN: | 1517-4522 1807-0337 |
DOI: | 10.1590/15174522-97680 |