Palinofácies de uma seção aflorante de folhelhos da Formação Barreirinha (Devoniano), borda sul da Bacia do Amazonas, Brasil: implicações paleoambientais

O presente trabalho tem como objetivo estudar as palinofácies e o paleoambiente deposicional da Formação Barreirinha e sua relação com a geoquímica orgânica de estudos prévios, na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil. Para isso, aplicaram-se técnicas de análises de palinofácies e os resultados da...

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Published inGeologia USP. Série Científica Vol. 23; no. 1
Main Authors Iasmine Maciel Silva Souza, Rodolfo Dino, Luzia Antonioli, Hélio Jorge Portugal Severiano Ribeiro, José Roberto Cerqueira, Consuelo Lima Navarro de Andrade, Karina Santos Garcia, Antônio Fernando de Souza Queiroz, Leonardo Sena Gomes Teixeira
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Universidade de São Paulo 01.04.2023
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Summary:O presente trabalho tem como objetivo estudar as palinofácies e o paleoambiente deposicional da Formação Barreirinha e sua relação com a geoquímica orgânica de estudos prévios, na porção sul da Bacia do Amazonas, Brasil. Para isso, aplicaram-se técnicas de análises de palinofácies e os resultados da geoquímica orgânica (carbono orgânico total e pirólise Rock-Eval) em 23 amostras de folhelhos de uma seção aflorante da Formação Barreirinha (Devoniano), borda sul da Bacia do Amazonas. Com a análise da palinofácies, verificou-se que há uma predominância de matéria orgânica de origem marinha: matéria orgânica amorfa (MOA) e acritarcas. As associações palinológicas indicaram que a sedimentação da Formação Barreirinha ocorreu, inicialmente, em ambiente marinho distal óxico-anóxico, gradando para ambiente deposicional marinho distal anóxico. A integração dos resultados da análise de palinofácies, associada com os dados de estudos prévios, possibilitou a identificação de dois níveis de predominância do querogênio: tipo II, na porção média a superior da seção; e tipos III e II/III, na porção inferior da seção. Com os resultados das análises de geoquímica orgânica, verificou-se que o material apresenta bom potencial para geração de hidrocarbonetos, com base nos valores de COT que alcançaram percentuais de até 6,29%, S2 atingindo 23,1 (mg HC/g rocha), e o índice de hidrogênio (IH) com valores entre 69 e 377 (mg HC/g rocha). Os valores de Tmáx variaram de 425 a 435°C, e os valores de índice de coloração de esporos (ICE) entre 3,5 e 4,5, indicando imaturidade térmica para a geração de hidrocarbonetos. 
ISSN:2316-9095
DOI:10.11606/issn.2316-9095.v23-195116