Cirurgia endoscópica transnasal da região selar: estudo dos primeiros 100 casos

A abordagem neuroendoscópica transnasal para a sela túrcica foi realizada em 100 pacientes consecutivos com um seguimento variando entre 3 e 55 meses: 57 mulheres e 43 homens, com idade compreendida entre 14 e 70 anos; 76 eram adenomas hipofisários: 22 acromegálicos (7 microadenomas e 15 macroadenom...

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Published inArquivos de neuro-psiquiatria Vol. 61; no. 3B; pp. 836 - 841
Main Authors Gondim, Jackson, Schops, Michele, Tella Jr, Oswaldo I.
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published 01.09.2003
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Summary:A abordagem neuroendoscópica transnasal para a sela túrcica foi realizada em 100 pacientes consecutivos com um seguimento variando entre 3 e 55 meses: 57 mulheres e 43 homens, com idade compreendida entre 14 e 70 anos; 76 eram adenomas hipofisários: 22 acromegálicos (7 microadenomas e 15 macroadenomas), 21 adenomas não secretores (3 microadenomas e 18 macroadenomas), 19 doença de Cushing (11 microadenomas e 8 macroadenomas), 10 prolactinomas (6 microadenomas e 4 macroadenomas), 4 adenomas secretor de LH (4 macroadenomas). A remissão da sintomatologia foi conseguida em 44,8% para os macroadenomas (60% para acromegalia, 27,7% para os adenomas não secretores, 50% para os pacientes com doença de Cushing, 50% para os prolactinomas, e 50% para os adenomas secretantes de LH), e 81,4% para os microadenomas (85% para acromegalia, 100% para os adenomas não secretores, 81,8% para os pacientes com doença de Cushing, e 66% para os prolactinomas). Na série tivemos ainda quatro craniofaringeomas, quatro mucoceles esfenoidal, três aspergilose esfenoidal, e um caso de cada uma das patologias seguintes: cisto de Rathke, hipofisíte, aneurisma da carótida cavernosa, encefalocele, meningeoma intraselar, tuberculoma intra-selar e displasia fibrosa esfenoidal. Na série encontramos ainda seis fístulas liquóricas que foram todas fechadas através dessa via. A mortalidade foi de 2%, um paciente de 57 anos com um adenoma gigante não produtor e um outro paciente de 38 anos com um volumoso craniofaringeoma predominantemente cístico. Como complicações tivemos duas meningites pós-operatórias curadas com antibioticoterapia e três fístulas pós-cirúrgica que foram reoperadas. Dois pacientes desenvolveram diabetes insípidus permanente. As vantagens desta técnica são representadas por um acesso mais fácil, melhor iluminação e visualização da lesão, mais fácil distinção entre tumor e hipófise normal, redução do tempo de hospitalização e dos custos hospitalares. As desvantagens são a diminuição da profundidade de campo, a necessidade de constante controle do endoscópio e a necessidade de maior experiência com as técnicas de endoscopia. An endoscopic endonasal transsphenoidal approach to the sella was performed in 100 consecutive patients, with a follow up from 3 to 55 months: 57 females and 43 males, age ranging from 14 and 70 years. 76 cases pituitary adenomas: 22 were acromegaly (7 microadenomas and 15 macroadenomas); 21 null cell adenomas (3 microadenomas and 18 macroadenomas); 19 Cushing disease (11 microadenomas and 8 macroadenomas), 10 prolactinomas (6 microadenomas and 4 macroadenomas), and 4 LH adenomas (4 macroadenomas). In this serie, remission was achieved in 44.8% for macroadenomas, 60% for acromegaly, 27.7% for null cell adenoma, 50% for Cushing disease, 50% for prolactinomas and 50% for LH adenomas, and 81.4% for microadenomas 85% for acromegaly, 100% for null cell adenoma, 81.8% for Cushing disease, 66% for prolactinoma. We had also four craniopharyngiomas, four sphenoidal mucocele, three sphenoidal aspergillus, one Rathke cyst, one hypophysitis, one cavernous aneurysm, one encefalocele, one intrasellar meningioma, one intrasellar tuberculoma and a sphenoid fibrous dysplasia. In this series we also had six fistulas of the anterior base that were completely cured. We had a mortality of 2, one null cell giant adenoma in a 57 years old man and another patient, 38 years old, with a giant craniopharyngioma. The morbidity was: two cured meningitis, three cured fistulas, and two permanent diabetes insipidus. Endoscopic endonasal transsphenoidal surgery in this series resulted with comparable surgical outcomes to conventional microscopic transsphenoidal surgery. The advantages of this technique have been represented by an easier access to the lesion, better visualisation and increased illumination of the surgical sites, microdissection of the tumor with maximum preservation of the pituitary function, and reduction of hospitalization times and coasts. The main limits have been the reduction of field depth, constant need of manual control of the endoscope, and required experience of the endoscope technique.
ISSN:0004-282X
0004-282X
DOI:10.1590/S0004-282X2003000500024