Prevalência e fatores associados à violência sofrida em mulheres encarceradas por tráfico de drogas no Estado de Pernambuco, Brasil: um estudo transversal

Este estudo objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência sofrida nos 24 meses anteriores ao encarceramento de mulheres por tráfico de drogas em Colônia Penal Feminina no Estado de Pernambuco. Realizou-se um estudo de corte transversal incluindo 290 mulheres com 18 ou mais anos...

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Published inCiência & saude coletiva Vol. 19; no. 7; pp. 2255 - 2264
Main Authors Ferreira, Valquíria Pereira, Silva, Maria Arleide da, Noronha Neto, Carlos, Falbo Neto, Gilliatt Hanois, Chaves, Cynthia Vasconcelos, Bello, Rodrigo Pereira
Format Journal Article
LanguagePortuguese
Published ABRASCO - Associação Brasileira de Saúde Coletiva 01.07.2014
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Summary:Este estudo objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à violência sofrida nos 24 meses anteriores ao encarceramento de mulheres por tráfico de drogas em Colônia Penal Feminina no Estado de Pernambuco. Realizou-se um estudo de corte transversal incluindo 290 mulheres com 18 ou mais anos de idade e com até doze meses de encarceramento no período da coleta de dados. Utilizou-se como instrumento um questionário pesquisando variáveis socioeconômicas e demográficas e características da violência e do tráfico de drogas. Todas as participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A associação e a intensidade entre as variáveis de exposição e resposta foram determinadas pelo teste qui-quadrado e valores (p < 0,05) considerados estatisticamente significantes. O estudo mostrou que 71,4% das mulheres eram jovens; 78,9% não brancas; 85,8% solteiras com filhos; 83,3% tinham baixa escolaridade e 72,6% recebiam renda inferior ao salário mínimo. Usaram drogas ilícitas 47,3% e desenvolveram algum papel no tráfico de drogas 67,5%. Prevalências elevadas para algum tipo de violência sofrida foram observadas na população estudada e o companheiro foi identificado como perpetrador mais frequente (44,1%), sugerindo maior atenção das autoridades nas ações de prevenção desses agravos.
ISSN:1678-4561
DOI:10.1590/1413-81232014197.10012013