A VISIBILIDADE DO MAPA DA DOENÇA FALCIFORME NO ESTADO DO PARÁ: UMA FERRAMENTA PARA A MATERIALIZAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

A consolidação do mapa da Doença Falciforme-DF no Estado do Pará surge da necessidade premente do conhecimento real da distribuição epidemiológica da patologia no Estado, dessa forma, identificando a prevalência da doença, com vistas a subsidiar a implementação da política pública de saúde no Estado...

Full description

Saved in:
Bibliographic Details
Published inHematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 46; pp. S1250 - S1251
Main Authors Santos, CSMD, Freitas, RIR, Rubin, GAC, Bastos, MS, Trindade, SMS
Format Journal Article
LanguageEnglish
Published Elsevier España, S.L.U 01.10.2024
Elsevier
Online AccessGet full text

Cover

Loading…
More Information
Summary:A consolidação do mapa da Doença Falciforme-DF no Estado do Pará surge da necessidade premente do conhecimento real da distribuição epidemiológica da patologia no Estado, dessa forma, identificando a prevalência da doença, com vistas a subsidiar a implementação da política pública de saúde no Estado do Pará. Neste sentido, busca-se evidenciar as análises pertinentes a consecução do mapa referente a distribuição espacial das pessoas com DF atendidas no HEMOPA/sede e cadastrados no Sistema de Marcação de Consultas do HEMOPA-SISCON. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem quali-quantitativa, através de dados dos 1.107 pessoas com DF e ativos no SISCON, entre maio de 1984 a dezembro de 2023. As informações coletadas são oriundas dos relatórios do SISCON/HEMOPA, de domínio público (quando solicitado), agrupados de forma a garantir a fidedignidade das informações. No período foram identificados 1.107 pessoas com DF, assim classificados pelos genótipos mais frequentes no Estado do Pará: SC:17,71%; SD: 0,45%; SF:54,29%; SS:27,55%. Desse total, residem no Pará 1.096 e 11 de outros Estados. O sexo feminino representa 52,48% e o masculino 47,52%. Segue a prevalência etária: De 0 a 14 :37,75%, de 15 a 29: 34,77%, 30 a 49: 23,03%, 50 a 69: 4,06%, acima de 70: 0,39%. Observa-se a baixa incidência de pessoas com DF a partir dos 50 anos. As 1.096 pessoas com DF, estão distribuídos em 109 dos 144 municípios que compõem o Pará, espalhados nas 12 Regiões de Integração(RI): Guajará: 36,41%, CArajás: 12,68%, Tocantins: 10,22%, Rio Capim: 7,57%, Araguaia: 7,21%, Lago de Tucuruí: 6,75%, Marajó: 5,57%, Xingu: 4,74%, Guamá: 4,01%, Rio Caeté: 2,74%, Baixo Amazonas: 1,82%, Tapajós: 0,27%; assim como, nas 13 Regiões de Saúde (RS): Metropolitana I: 36,41%, Carajás: 15,51%, Lago Tucuruí: 7,57%, Metropolitana III: 7,21%, Araguaia: 7,21%, Tocantins: 6,93%, Xingu: 4,74%, Metropolitana II: 3,92%, Marajó II:3,10%, Rio Caetés: 2,83%, Marajó I: 2,46%, Baixo Amazonas: 1,83%, Tapajós: 0,28%. Dessa forma, nota-se uma maior concentração de pessoas na RI do Guajará e na RS metropolitana I, exatamente onde estão situados os municípios que compõem a Região Metropolitana do Estado. O mapa da DF no Pará, conforme detalhamento, permite visualizar, onde essas pessoas estão: município, RI e RS, o que possibilita o direcionamento de ações, inclusive, com foco na faixa etária e no sexo. Esses elementos são facilitadores à implantação das linhas de cuidados, conforme o preconizado pela Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com DF. Tais informações subsidiarão ainda, as Comissões Intergestores: Bipartite, Tripartite e Regional, na edificação da Política Pública de Saúde no Pará. A visibilidade do mapa da DF no Pará possibilitou-nos reflexões: a importância dos bancos de dados disponíveis neste serviço de saúde; o correto manejo desses dados; a consolidação sistemática das informações; a devida publicização das análises à rede de atenção à saúde; as informações consolidadas servirão de base comparativa para o Sistema Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Assim sendo, consolidou um panorama de elementos essenciais ao subsídio dos planos, programas e projetos de saúde, no Estado.
ISSN:2531-1379
DOI:10.1016/j.htct.2024.09.2189