DESEMPENHO DAS AGÊNCIAS TRANSFUSIONAIS DA HEMORREDE PÚBLICA DO ESTADO DE SERGIPE SOB GESTÃO DA FUNDAÇÃO DE SAÚDE PARREIRAS (FSPH) HORTA: ESTUDO COMPARATIVO 2021 A 2023
A transfusão sanguínea deve ser uma prática isenta de riscos em todo o seu processo e que se inicia desde a captação de doadores de sangue até a realização da transfusão propriamente dita A Agência Transfusional (AT) é responsável pelo atendimento transfusional nos hospitais onde estão localizadas....
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Published in | Hematology, Transfusion and Cell Therapy Vol. 46; p. S1240 |
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Main Authors | , , , , , , , |
Format | Journal Article |
Language | English |
Published |
Elsevier España, S.L.U
01.10.2024
Elsevier |
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Summary: | A transfusão sanguínea deve ser uma prática isenta de riscos em todo o seu processo e que se inicia desde a captação de doadores de sangue até a realização da transfusão propriamente dita A Agência Transfusional (AT) é responsável pelo atendimento transfusional nos hospitais onde estão localizadas. A Hemorrede de Sergipe é composta de 15 ATS e destas, 07 Ats estão sob gestão da Fundação de saúde Parreiras Horta (FSPH). A Hemorrede de Sergipe realiza visitas de monitoramento técnico nestes serviços frequentemente, assegurando a melhoria contínua destes serviços.
O presente estudo teve como objetivo avaliar o desempenho das Ats sob gestão da FSPH da hemorrede pública de Sergipe quanto ao fornecimento seguro de sangue e hemocomponentes com qualidade, disponibilidade e quantidades necessárias à demanda transfusional, bem como a realização dos testes pré transfusionais de acordo com as Legislações vigentes, necessários para a segurança transfusional, afim de nortear os gestores nas tomadas de decisões.
Para a sua construção foi realizado um estudo descritivo do perfil sanitário destes serviços utilizando-se o Método de Avaliação de Risco Potencial de Serviços de Hemoterapia (MARPSH), este método se fundamenta na mensuração do risco potencial associado a pontos críticos de controle do ciclo do sangue e envolve a avaliação de 471 itens de estrutura e processo em seu atendimento as conformidades requeridas pelas Legislações hemoterápicas vigentes, desenvolvido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), esta ferramenta é utilizada para se mensurar as possibilidades de falhas e consequentes danos através do indicador Proporção de Controle (PC), pelo qual o risco potencial é classificado em Baixo (PC ≥ 95%), Médio-Baixo (80% ≤ PC < 95%), Médio (70% ≤ PC < 80%), Médio-Alto (60% ≤ PC < 70%) e Alto (PC < 60%).
Na visita de avaliação técnica foi observado que houve uma melhora no desempenho geral e por dimensão a partir da implementação das visitas técnicas de monitoramento. Houve uma queda na avaliação destas Ats no ano de 2022, provavelmente pelas dificuldades impostas neste período do auge da Pandemia COVID19, sendo que as ATs evoluíram positivamente de modo semelhante ao longo do tempo com avaliação melhorada no ano de 2023. As Ats da MNSL, hospital regional de Itabaiana e a AT do hospital regional de Estância foram avaliadas como Médio Baixo risco potencial sendo que em 2021 a MNSL pontuou baixo risco. A AT do HUSE foi avaliada como médio risco potencial nos 3 anos estudados. Em 2023 foi aberta a AT do hospital regional de Propriá e sua avaliação foi médio baixo risco potencial. Os principais facilitadores identificados foram a supervisão técnica, apoio e empenho da equipe de trabalho, utilização de insumos registrados pela Anvisa, realização dos testes pré-transfusionais obrigatórios, armazenamento correto de amostras e investigação dos casos de soroconversão.
O monitoramento das Ats está previsto no Programa Nacional de Qualificação da Hemorrede (PNQH) e a hemorrede de Sergipe realiza o programa estadual que tem por finalidade avaliar e contribuir para a melhoria contínua destes serviços auxiliando para uma prática segura da hemoterapia estadual.
O monitoramento técnico das Ats do estado de Sergipe configura-se como uma ferramenta fundamental para avaliação, e melhoria contínua dos serviços hemoterápicos, orientando estratégias gerenciais. |
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ISSN: | 2531-1379 |
DOI: | 10.1016/j.htct.2024.09.2170 |